A Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia de Nobres, concluiu o inquérito do assassinato de Ana Paula do Nascimento Lima, e indiciou o autor por homicídio qualificado em feminicídio.
Conforme a investigação, o crime foi motivado pelos ciúmes que o autor tinha da companheira e também o comportamento violento dele contra a vítima. Pouco mais de um mês antes do crime, ele foi preso por agressão contra Ana Paula, que tinha 33 anos. Após ele ser solto, ambos reataram o relacionamento e passaram a residir no endereço onde a vítima foi assassinada.
O corpo de Ana Paula foi encontrado no dia 02 de outubro, em uma residência anexa a um espaço de eventos, localizado no Jardim Petrópolis, em Nobres.
Autor do feminicídio
As investigações da Delegacia de Nobres concluíram que o autor do crime, de 35 anos, era companheiro da vítima, e após agredi-la com vários golpes de faca, na tarde do dia 1o de outubro, tomou banho, trocou de roupa e fugiu para Cuiabá. Posteriormente, ele seguiu para a cidade de Barra do Garças.
O autor do homicídio ainda teria confessado o crime a seu ex-patrão, quando solicitou dinheiro para custear a fuga.
Após ser esclarecida a autoria, a Polícia Civil representou pela prisão preventiva de V.S.S, que estava foragido. Assim que foi decretada a prisão preventiva, a uma força-tarefa foi designada para sua captura, porém, ele acabou se entregando à Polícia Civil, no dia 07 de outubro, em Barra do Garças.
O autor confessou o crime e alegou que sua companheira estava fazendo programas sexuais e antes do crime, ambos tiveram uma discussão e a vítima teria dito que chamaria a polícia.
Indiciamento
O delegado de Nobres, Rogério Gomes, indiciou o autor do crime contra Ana Paula por homicídio triplamente qualificado – motivo fútil, recurso que dificultou a defesa da vítima e contra mulher por razão do sexo feminino, o que caracteriza o crime de feminicídio. A pena prevista é de 12 a 30 anos de reclusão.
O investigado está detido em Barra do Garças, à disposição da Justiça e o inquérito será encaminhado ao Poder Judiciário.
Fonte: Folha Max