A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Sorriso, cumpriu, na manhã desta sexta-feira (16), a prisão temporária de um homem investigado por empurrar o idoso Osmar Eduardo Martins, no último domingo, no perímetro urbano da BR-163, no município de Sorriso (420 km de Cuiabá) no último domingo (11). A vítima foi atropelada por uma carreta e um por um veículo de passeio e morreu na rodovia.
Conforme relato do filho de Osmar, seu pai conduzia um veículo Gol, na rodovia, quando foi fechado pelo condutor de uma carreta e teve o pneu do veículo furado. A vítima pediu ajuda ao filho, que estacionou seu veículo Corolla e foi trocar o pneu. Neste período, o condutor de um Fiat Strada acabou colidindo na traseira do Corolla, alegando não ter visto os veículos, quando houve a discussão com a vítima.
Depoimento
O investigado, de 38 anos, foi interrogado na Delegacia de Sorriso, depois de receber alta hospitalar. Durante depoimento, ele apresentou sua versão para os fatos e alegou “estava parado, no momento que a vítima tentou agredi-lo. Disse que, para se defender, teria segurado os braços da vítima e empurrou o idoso de volta, alegando ter sido um ato de reflexo, instintivo.
Disse ainda que estava de costa para a via e não viu que vinha um veículo naquele momento. Ambos estavam em cima do canteiro central, quando ele empurrou idoso em direção ao canteiro. A vítima teria perdido o equilíbrio e foi caminhando para trás, quando tropeçou no declive, pisou em falso e acabou caindo. Ao cair, a vítima foi atingida pela traseira de uma carreta, que estava passando no local. Em seguida, um outro veículo, um Fiat Toro, que seguia logo atrás da carreta, também atropelou a vítima. Ele alegou que a pickup Toro atropelou a vítima, quando já estava no chão.
O delegado Eugênio Rudy reforça, que a Polícia Civil está tomando todas as medidas para concluir o inquérito policial dentro do prazo regulamentar. Acrescenta que a versão do investigado, um direito constitucional, também é objeto de minuciosa análise, acompanhada de outras informações que já foram colhidas ou que ainda serão levantadas.
“Entendemos que havia a necessidade de prisão do investigado, razão pela qual foi representado ao Poder Judiciário e deferida a medida. Agora, caminhamos para as diligências finais, visando por termo ao procedimento apuratório. Até este momento, a Polícia Civil entende que a conduta do investigado amolda-se, formal e materialmente, objetiva e subjetivamente, ao crime de homicídio doloso, natureza que pode ser alterada, com o avançar das investigações”, finalizou o delegado Eugênio Rudy.
Fonte: Folha Max