Julia Alcântara, de 19 anos, filha do empresário Evandro Rodrigo Rucker, que ‘deu um perdido’ na família no último final de semana, falou sobre a situação em uma rádio local, nesta quarta-feira (11) e declarou estar muito envergonhada com toda a repercussão do caso. “Eu sou a filha do Evandro que estava supostamente desaparecido. Confesso que, no momento, eu sinto até vergonha de dizer isso. Nossa família está muito envergonhada, muito abalada com tudo que aconteceu”, disse.
Julia ainda criticou o comportamento do pai, que foi dado como desaparecido no último sábado (6) em Sinop (500 km de Cuiabá), após ficar incomunicável. Ele só retornou à cidade na segunda-feira (8) e agiu como se nada tivesse acontecido.
“Ele estava lá curtindo, como ele disse, ‘deu perdido’ na família de três dias. Nesses três dias nós ficamos sem dormir e sem comer, acionamos polícia, delegado, investigador, tudo que foi possível”. A postura adotada pelo empresário chamou atenção.
Ele enviou um vídeo a um amigo explicando que o ocorrido não passou de um ‘mal entendido’. Nas imagens, Evandro está com uma latinha de Skol, dentro de um carro e diz: “Tomando uma aqui, segunda-feira, começando a semana. Tamo de boa, só um perdido só no final de semana, mas não dá nada não, depois nóis conversa com a mulher e resolve tudo”, acrescenta.
Ele finaliza dizendo que “quando a cabeça pesa é preciso “dar uma desestressada”.
O CASO
Evandro foi dado como desaparecido após sua esposa registrar um boletim de ocorrências, no último domingo (7), informando que ele sumiu após encerrar o expediente. Ele e a companheira são empresários de uma loja de peças e acessórios para caminhões.
Diante da suspeita de um sequestro, com direito a falso pedido de resgate feito por uma pessoa que se aproveitou o desespero, a família pensou que o pior pudesse ter acontecido. No entanto, vídeos que circularam nas redes sociais revelaram que a esposa de Evandro o localizou numa pousada entre as cidades de São José do Rio Claro e Nova Mutum.
Ela teve a primeira pista após o cartão bancário do passar na pousada como uma suposta “amante”. Familiares chegaram a ir até o local porém, mesmo com um ofício em mãos, o estabelecimento teria se negado a colaborar. “Fomos mal tratadas”, afirmou Julia.
“Quando chegamos lá [na pousada], ele já estava aqui em Sinop gravando videozinho, tirando onda com a nossa cara”, diz a jovem.
Julia classifica a situação vivenciada pela família como triste e vexatória e que o pai “não merece a família que ele tem”.
“O que a minha mãe fez, mulher nenhuma nesse mundo faria, ela moveu céus e terras, o que ela não podia fazer ela fez pra encontrar o meu pai”, concluiu.
Conforme a Polícia Civil, não houve crime por nenhuma das partes.
Fonte: Folha Max
