Já está no ar o 15º episódio do programa “Memórias do Poder Judiciário”, com a participação do desembargador aposentado Antônio Bittar Filho. No bate-papo com a vice-diretora da Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT), desembargadora Helena Maria Bezerra Ramos, e a jornalista Maritza Fonseca, o magistrado compartilha seu intenso e reconhecido trabalho na Justiça Estadual. Clique neste link para assistir
Bittar cursou faculdade de Direito na Instituição Toledo de Ensino, em Presidente Prudente (SP). Foi vereador, militou na advocacia e, em seguida, ingressou na magistratura, por concurso público, no estado do Paraná. Quatro anos depois, pediu exoneração e prestou concurso em Mato Grosso, onde foi aprovado. Jurisdicionou nas comarcas de Barra do Bugres, Rosário Oeste, Diamantino, Cáceres, Rondonópolis e Cuiabá.
O ingresso no Tribunal de Justiça se deu por antiguidade, em 1993. Foi membro da Comissão de Jurisprudência (1999/2001); na gestão 2001/2003, foi vice-presidente e, em 2006/2007, presidente do Tribunal Regional Eleitoral. Aposentou-se em 2010.
Na conversa, Bittar contou sobre sua trajetória antes da magistratura em Mato Grosso, inclusive quando ocupou cargo de vereador em São Miguel Arcanjo, atuou como advogado e como juiz no Paraná. Revelou ainda fatos inusitados na carreira, quando, por exemplo, deu um ultimato para a Prefeitura de Barra do Bugres construir a sede do Fórum, realizou audiências no meio da rua e apurou eleições com o uso de lampiões. Contou ainda sobre o trabalho com reeducandos e os desafios à frente da Justiça Eleitoral.
Aos juízes mais novos, ele deixou um conselho: se manter firme na postura social e funcional. “O magistrado não deve se servir do cargo para si. Mas se servir do cargo para distribuição da verdadeira justiça, porque, conforme já foi dito, três coisas devem ser feitas por um magistrado: ouvir atentamente, considerar sobriamente o que ele está ouvindo, e decidir, claro, imparcialmente.”
Memórias do Poder Judiciário é um projeto da Esmagis-MT, desenvolvido pela atual gestão, para resgatar e preservar a história daqueles que trabalham ou trabalharam em benefício de uma justiça cada vez melhor.
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Lígia Saito
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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Fonte: Tribunal de Justiça de MT