Uma menina, de nove anos, contou à mãe que foi abusada sexualmente por um ex-namorado da tia, no bairro CPA III, em Cuiabá. O caso veio à tona após a criança contar a mãe, em seu aniversário, que o companheiro de sua avó passou a mão em suas partes íntimas. Foi nesse momento em que ela revelou que também era abusada pelo tio.
O relato da vítima foi transmitido no programa Cadeia Neles, da TV Vila Real. “Ele pegou em mim e aí ficou fazendo cosquinha em mim, ficou me machucando, daí ele começou a pegar no meu peito, apertou bem, aí ele botou o [pênis] dele na minha boca. Daí ele me … [áudio cortado]”.
A criança revelou a genitora que os abusos ocorrem há três anos e que o abusador ‘fazia de tudo com ela’. E que o homem ameaçava matar ela e seus familiares caso denunciasse. “Ela chorou muito, muito mesmo, eu tentei acalmar ela para ela poder contar, ela estava muito nervosa e não queria contar porque estava com medo porque ele ameaçou ela, que ele faria alguma coisa. Mas eu fui conversando com ela para ver se ela contava mais e aí ela contou tudo. Foi abuso de tudo quanto é forma”, relatou a mãe.
Ela explicou que a criança ficou sozinha com o suspeito porque ela tinha que trabalhar e deixava a filha com quem era de confiança, no caso sua mãe ou irmã, com quem o suspeito namorava. “Ele ficava mais na casa da minha mãe do que na casa dele. Era o dia inteiro na casa da minha mãe e essa era a hora que ele [cometia os abusos]. Ela me contou que para ele fazer isso ele pedia para minha irmã lavar vasilha, limpar casa, fazer comida. Brigava com ela pra ficar sozinho com a minha filha”, esclareceu.
O pai da vítima cobra justiça pela filha, pois acredita que ela é quem mais sofre. “É muito revoltante e espero que tenha justiça porque tá uma demora muito grande. E quem sofre é a criança, ela não dorme, tem pesadelo, me chama, fala ‘pai ele vai vim hoje? ’ E eu falo que não”, concluiu.
O suspeito está foragido desde quando um boletim de ocorrência foi registrado pela mãe da menor. A Delegacia Especial de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) investiga o caso.
Fonte: Folha Max
