No próximo dia quatro de julho, o seminário ‘Segurança Pública e Tecnologias de Monitoramento’ trará a Cuiabá representantes das Polícia Militares de São Paulo e Santa Catarina para debater sobre a adoção de câmeras corporais por agentes da segurança pública.
O tema já tem uma discussão iniciada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso e está em implantação em diversos estados do Brasil, entre os quais São Paulo e Santa Catarina. Durante o seminário, esses os dois estados terão representantes contando suas experiências.
O Major Gabriel Correa, da Polícia Militar de Santa Catarina, considera importante o diálogo entre instituições, “porque é uma mudança de cultura não só da instituição que vai utilizar as câmeras, como também de quem vai receber as imagens”.
Sobre haver ou não resistência do uso, o coronel Wancley Rodrigues, comandante do 1º Comando Regional da Polícia Militar de Mato Grosso, com sede em Cuiabá, avaliou que resistência pode ocorrer, mas por desconhecimento do potencial das câmeras. “Elas podem reforçar o relato do policial e inocentá-lo em caso de acusação indevida”, analisou o comandante.
De acordo com o Ouvidor Geral de Polícia, Lúcio Andrade, as câmeras corporais são importantes para as polícias na investigação de crimes e em seus processos de corregedoria. “Chamamos a Polícia Militar de São Paulo e a de Santa Catarina porque são os estados pioneiros na aplicação do sistema. Outros estados já começaram nesse processo e não podemos ficar para trás”, afirma ele.
Andrade destaca que é em busca dessa modernização relevante que a Ouvidoria Geral de Polícia de Mato Grosso, órgão da Segurança Pública do Estado, promove esse primeiro debate entre as forças policiais e outros poderes.