Um advogado é acusado de ter agredido a ex-mulher de um cliente, em um condomínio no Lago do Manso, na tarde de quinta-feira (16). Ele teria destruído o celular da vítima e ainda intimidado testemunhas, chegando a ameaçar policiais que atenderam a ocorrência, afirmando que ligaria para um desembargador e um coronel.
De acordo com o boletim de ocorrência, a mulher havia se separado do marido, que trabalha com venda de peças para aviões agrícolas, no final de março deste ano. Como o divórcio se tornou litigioso, os bens do casal deveriam ficar desocupados até decisão judicial posterior. No entanto, a vítima recebeu um telefonema anônimo, dizendo que haviam pessoas na casa no Manso.
A mulher, então, se dirigiu ao local para fazer imagens do que estava acontecendo e lá encontrou seu ex-marido, acompanhado de seu advogado e outros dois homens, todos juntos a outras mulheres. Foi quando que, por volta de 17h40, um dos advogados, identificado com F.H. a segurou pelo cabelo e a empurrou para fora da casa.
Na sequência, ele tomou o celular da vítima e a chutou. Ela chegou a pedir socorro aos outros presentes, mas foi ignorada. O advogado jogou o telefone da mulher no chão e com ele já quebrado, o colocou em uma bancada, utilizando um objeto para destruir ainda mais o aparelho, jogando-o no Lago, ao final.
A vítima tentou pedir ajuda a outros vizinhos, mas não teve sucesso, pois seu ex-marido fez um sinal para que não se metessem. Ela então seguiu até a casa do caseiro, onde conseguiu socorro e acionou a Polícia Militar, que chegou ao local já por volta das 20h40.
Os policiais foram até a residência com a mulher, e no local, o advogado que a agrediu afirmou que havia uma ordem judicial para que ela não se aproximasse do ex-marido por 500 metros. Ele também relatou que a vítima teria furtado um relógio, negando ainda as agressões e a destruição do aparelho.
Na tentativa de intimidar os policiais que atenderam a ocorrência, o advogado afirmou que ligaria para um desembargador e um coronel da PM. Os policiais então solicitaram que todos fossem para a delegacia, mas o advogado se recusou a ir, pois havia ingerido bebida alcoólica.
