A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) de Várzea Grande, promoveu na segunda-feira (13.06) uma reunião com empresários do ramo de compra e venda de sucatas no município.
Quinze empresários de Várzea Grande participaram do encontro, que tratou sobre o crime de receptação, bem como dos inúmeros prejuízos que o setor pode sofrer em caso de adquirir produtos sem a comprovação fiscal da origem lícita.
A delegada titular da Derf-VG, Elaine Fernandes da Silva, explicou aos empresários que, neste primeiro momento, a ação é de orientação e de esclarecimentos com cunho pedagógico, mas, caso não surta os efeitos esperados, a delegacia vai atuar no combate desse tipo de delito.
A delegada esclareceu também sobre o que prevê a legislação em relação ao comércio irregular ou clandestino, inclusive, quando efetuado na própria residência, que se equipara à receptação qualificada.
Ela ainda lembrou da atuação da Derf-VG, que pode resultar na autuação em flagrante pela prática de receptação qualificada, cuja pena máxima é de 08 anos de reclusão e multa, além dos outros crimes que certamente incorrerão, sobretudo, na esfera ambiental e contra a ordem econômica e tributária.
“É de conhecimento de todos que, o valor do cobre e da sucata de forma geral está elevado. Com isso, os índices de roubos e furtos desses materiais também aumentam, porque as pessoas de uma forma geral, só querem saber de lucrar, não se atentando para o fato de que a violência que dessa vez atingiu o outro que foi vítima do roubo ou do furto, certamente lhe atingirá, já que está inserido na mesma sociedade”, destacou a delegada.
Outra ação
Dentro do trabalho preventivo, a Derf-VG realizou também diligências nos bairros da Manga, Figueirinha, Construmat e Centro e qualificou 52 pessoas em situação de rua, com passagens por crimes patrimoniais cometidos na região.
O trabalho desenvolvido pela equipe da unidade especializada está inserido no projeto “Semeando o Bem”. “Acreditamos que primeiro deve-se buscar o diálogo, a pedagogia, depois, a repressão qualificada, nos rigores da Lei, que, também não deixa de ser pedagógica”, pontuou Elaine Fernandes.