Os furtos de celulares aumentaram 20% em quatro meses em Mato Grosso. Entre janeiro e abril deste ano foram registrados 2.028 casos e no mesmo período do ano passado, foram 1.686. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública do estado (Sesp-MT).
Os celulares registram compromissos, acessam as redes sociais e vários outros aplicativos. Os aparelhos carregam muitas informações importantes.
A universitária Larissa dos Santos Silva teve o celular roubado na saída da escola onde estudava, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.
“Ele se aproximou de mim em uma motocicleta, anunciou o assalto e pediu para eu passar o o celular. Eu fiquei muito nervosa e fiquei parada, ele pegou o celular no meu bolso e depois fui desesperada para casa. Tomo bastante cuidado hoje em dia, tudo está no celular, e é tudo digital. A minha vida toda tá no celular,”.
Furtos são aquelas situações em que a vítima só percebe que teve o aparelho levado depois, isso porque não houve uma abordagem direta do criminoso.
O celular é tão necessário que ficar sem o aparelho pode gerar muitos prejuízos. São fotos, vídeos, documentos e aplicativos, inclusive os de bancos, que permitem transações importantes, como transferências e empréstimos.
Com isso, a preocupação quanto a segurança aumenta. De acordo com a coordenadora de conciliação, Márcia Conceição dos Santos, os bancos devem ajudar o consumidor nesses casos.
“A instituição bancária tem o dever de prestar segurança para o consumidor. A obrigação é proporcionar que esse ele possa realizar as transações onlines com segurança evitando qualquer tipo de fraude. O banco tem como observar se aquelas compras ou aqueles tipos de empréstimo não são do perfil do consumidor”, disse.
A Polícia Civil possui ferramentas para investigar crimes como este. Em pouco mais de um ano, a Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Informáticos já recuperou mais de R$ 1,5 milhão.
De acordo com o delegado Ruy Guilherme Peral da Silva, para quem realiza grandes movimentações financeiras diariamente por meio de aplicativos, a orientação da policia é que utilize dois aparelhos. Um quando sair na rua e outro com recursos mais complexos em casa, reduzindo assim os riscos.
“Caso o cidadão necessite, ele pode ter no seu celular que vai utilizar diariamente, um aplicativo bancário com restrições de limites a fim de evitar que criminosos durante uma abordagem de furto e roubo, subtraia grandes quantidades da vítima”, disse.
Para maior segurança, outra dica é fazer o backup de todos os arquivos para facilitar a recuperação de dados, habilitar o duplo fator de autenticação para evitar ataques e utilizar mecanismos disponíveis em plataformas digitais para localização de aparelhos em caso de roubo ou furto.
Conforme o analista de defesa cibernética Kembolle Amilkarem, um grande erro de quem usa celular, é deixar senhas gravadas. “Sempre procure deixar todas as funções do banco e redes sociais desconectadas. Procure não salvar nada de credencial dentro do bloco de notas porque a primeira coisa que o criminoso vai fazer é ver se você tem o pix habilitado, usuário e senhas. A partir do momento em que você tem esse duplo fator de autenticação você vai dificultar muito e quem sabe conseguir localizar o aparelho”, disse.
