Irmão da jovem Hya Girotto, que foi atropelada em frente à boate Valley Club, o empresário Leandro Girotto afirmou que a ajuda prestada pela bióloga Rafaela Screnci foi “midiática”.
Conforme noticiado pela reportagem, o atropelamento ocorreu no dia 23 de dezembro de 2018. Hya foi hospitalizada e ficou com sequelas enquanto seus amigos, os jovens Myllena Lacerda, 22 anos, e Ramon Alcides, 25 anos, morreram.
Na quinta-feira (12), o pai de Ramon, procurador de Justiça aposentado, Mauro Viveiros, e Hya realizaram uma coletiva de imprensa para tratar do caso. Na data, a jovem ficou em silêncio, mas suas advogadas e seu irmão deram declarações sobre o caso.
O empresário reiterou a expectativa de celeridade em torno do processo, que se estende ao longo de mais de 3 anos sem que sequer uma audiência tenha sido realizada. Aos presentes, Leandro disse ainda que Rafaela tem que ser condenada pelos seus atos.
“O objetivo é que a Justiça seja feita. Por mais que o processo já esteja andando, queremos celeridade. Porque, querendo ou não, já são 1.236 dias desde o fatídico dia. Ela assumiu a intenção de fazer o que fez. Ela precisa responder pelo dolo eventual dela. Ela bebeu e assumiu o risco de fazer o que fez. É isso que queremos, Justiça para as 3 famílias”, afirmou.
Questionado sobre o apoio dado por Rafaela à jovem Hya, Leandro disse que a irmã só conseguiu realizar os procedimentos que precisou fazer com ajuda de familiares e amigos, uma vez que o auxílio dado pela bióloga só ocorreu no momento em que o caso teve maior repercussão.
“Inicialmente, tentaram dar uma ajuda emergencial por conta da repercussão que o caso teve. Foi bem midiático na verdade. Eles vieram no início para tentar reparar algumas coisas, mas mais em relação aos remédios. Isso na primeira semana. Fora isso, depois que ela conseguiu a transferência para o Hospital Geral, não tivemos mais nada, não vieram atrás na verdade. Quem conseguiu quase tudo fomos nós da família e amigos”, acrescentou.
As advogadas de Hya afirmaram terem feito pedido de reparação por danos morais e patrimoniais em virtude das cicatrizes e problemas físicos que a jovem teve após o acidente.
A defesa destacou que somada à perda capilar, Hya perdeu 75% do movimento do punho, 50% do movimento do ombro além de sofrer danos à sua autoestima.