Fábio Porchat, apresentador da GNT , definiu Paulo Gustavo, que morreu na terça-feira (04) por conta da Covid-19, como um “mártir” em entrevista à GloboNews na quinta-feira (06). “O Paulo hoje representa para mim dois Brasis bem diferentes: o primeiro é o Brasil que a gente quer, o Brasil que deu certo, o Brasil de quem vem do nada, aquela pessoa que por sua luta, por seu trabalho, pelo seu talento, conquista seu lugar ao Sol, chega lá juntando gente, trazendo para perto, transbordando coisa boa. Esse é o Brasil que a gente quer, e é o Brasil que a gente se lembra e conhece”, começou o comediante.
“Mas a morte do Paulo também nos lembra de um Brasil que a gente não aguenta mais. O Brasil em que a tragédia se normalizou. O Brasil de pessoas que negam coisas que são comprovadas. O Brasil de gente que não está nem aí, e não tem vergonha de dizer que não está nem aí. Esse Brasil eu não aguento mais. Esse país o Paulo não aguentava mais”, acrescentou Fábio Porchat .
“A morte do Paulo não à toa acontece no momento em que a CPI da Covid está acontecendo. É um marco. O Paulo virou um mártir para mim. Por que o Brasil inteiro chora pelo Paulo porque ele era um talento, porque foi uma tragédia, e porque as pessoas não aguentam mais. 420 mil famílias não aguentam mais. As pessoas não conseguem suportar mais o peso da incompetência, da ignorância e do descaso”, destacou ele, visivelmente, emocionado.
Por fim, Fábio Porchat garantiu: “O Paulo nos deixa, mas a gente pega o bastão daqui e segue na corrida, segue na jornada, porque é preciso estar atento e forte. E isso o Paulo sempre teve”.