O ex-deputado federal e atual primeiro-suplente, Valtenir Pereira (MDB), recebeu a missão de rodar Mato Grosso em cada um de seus cantos e estruturar o partido para novamente fazer bonito nas urnas em 2022.
A tarefa, inclusive, é “facilitada’ pelo comando estratégico que o partido já conquistou nas eleições municipais de 2020. O MDB fez 23 prefeitos, mas em relação a eleitorado estes gestores comandam 17,53% dos votantes do estado.
Em forma de comparação, o DEM, em números totais, elegeu mais que o partido comandado pelo veterano cacique, Carlos Bezerra, fez 24, mas somente em colégios eleitorais mais acanhados. Os democratas comandam 9,72% da população.
Em conversa rápida com o NMT, Valtenir detalhou que a meta para o ano que vem é mais do que dobrar a representatividade dentro do parlamento estadual, expandindo as três atuais cadeiras para sete.
Já em relação à Câmara Federal, grande objeto de consumo do MDB, sobretudo em contexto nacional, a meta dos mato-grossenses do 15 é abocanhar uma cadeira a mais do que as duas atualmente ocupadas.
A expectativa, contudo, fica por conta de uma possível reforma política que pode ser apreciada no Congresso Nacional, criando o distritão ou o distritão misto. Em ambos os casos, o partido, por sua força interna, teria vida tranquila para, na pior das hipóteses, manter seu espaço atual.
Caso siga puramente o fim das coligações proporcionais, como foi em 2020, o horizonte surge ainda mais limpo. Segundo Valtenir, os emedebistas possuem outra obsessão: a candidatura como vice no provável projeto de reeleição do governador Mauro Mendes (DEM).
O espaço, aliás, já é cobiçado por nomes do próprio DEM, do PSB, PSDB e de diversos outros partidos, nenhum, porém, com as moedas de troca que Bezerra e seus comandados possuem. A candidatura do atual prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), a governador, ao que parece, segue sendo só um balão de ensaio.