Quatro presos na Operação Doce Amargo, deflagrada nesta quinta-feira pela Delegacia de Repressão ao Entorpecente, já foram identificados. O principal nome é o empresário Luiz Fernando Kormann, de 32 anos, dono da Academia Kormann Fitness, no bairro Parque Cuiabá.
Os outros alvos já identificados são Luiz Felipe Campos de Amorim Leite (Mickey), 29 anos, Everton Luis Botelho de Miranda, 36 anos, Marcelo Henrique Tenuta, 32 anos e Ernandes Aparecido de Oliveira. No total, são 17 ordens judiciais contra uma associação criminosa voltada ao comércio de drogas sintéticas na região metropolitana.
A academia localizada no Parque Cuiabá também foi alvo de busca e apreensão. Lá, os policiais encontraram anabolizantes, que também tem comercialização proibida.
Nas residências de todos os envolvidos também foram realizadas buscas. Nos endereços foram encontradas drogas sintéticas comercializadas pelos envolvidos.
Na residência do dono da academia, conhecido como “Bocão Highsociety” no bairro Coophema, os policiais encontraram cinco comprimidos de ecstasy, tabaco, seringas com agulhas, sem agulhas, anabolizantes e outros. O empresário é famoso nas redes sociais e possui cerca de 15 mil seguidores no Instagram.
Outro alvo, Luis Felipe Leite, foi preso no bairro Dom Aquino. Com ele, foram encontradas porções de cocaína, cartelas de LSD e 5 comprimidos de ecstasy.
O suspeito é dono de uma distribuidora na região, onde foram localizadas mais drogas, sendo cocaína, LSD, ecstasy, além de uma balança de precisão. A mãe dele foi levada a delegacia, pois é suspeita de participação no esquema.
Já com Everton, a polícia encontrou ao menos 12 comprimidos de ecstasy na cor verde, uma balança digital e uns sacos para embalar os produtos. As buscas foram realizadas na residência do detido, Residencial Santa Terezinha, em Cuiabá.
Já no Residencial Canachuê, as equipes prenderam Marcelo. Com ele, foi apreendido grande quantidade de maconha e cocaína.
Ao ser questionado, afirmou que a droga era de sua propriedade. Os alvos presos temporariamente na operação serão interrogados nos autos do inquérito policial, e também será analisado todo o material apreendido durante o cumprimento dos mandados.
As prisões temporárias tem prazo de 30 dias, podendo ser prorrogadas por igual período ou convertidas em preventiva com base na continuidade das investigações.
MACONHA ELETRÔNICA
Durante cumprimento dos mandados, os policiais chegaram a uma nova modalidade de droga na Capital. Foram apreendidas 10 ampolas com THC, o princípio ativo da maconha, que seriam usados em cigarros eletrônicos.
Cada frasco é avaliado em U$ 120, que corresponde a R$ 572 na cotação atual. Essa droga também estaria sendo vendida nas baladas frequentadas por jovens da elite cuiabana.
Doce Amargo: A palavra “Doce” faz referência à forma como as drogas são conhecidas por este mercado consumidor. Já o termo “Amargo” faz alusão à situação dos envolvidos se veem atingidos pela repressão estatal diante de crime repudiado pela sociedade.