O câncer entre as crianças e jovens é a primeira causa de mortes por doenças no Brasil, na faixa etária entre 1 a 19 anos. Os dados apresentados pelo Instituto Nacional de Câncer apontam que o óbito pela doença, neste público, representa 8% das mortes no país.
A estimativa é que entre os anos de 2020/2022, sejam diagnosticados, no Brasil, 8.460 novos casos de câncer entre crianças e jovens. Diante da importância em se falar do assunto, criou-se o Dia Mundial da Luta Contra o Câncer Infantil, celebrado na semana passada.
A enfermeira oncologista do Sistema Hapvida, Ana Raquel Rocha, destaca que, apesar do número alto de mortes, as chances de recuperação chegam a 80%. Para isso, é importante que o diagnóstico ocorra de maneira precoce, para realização do tratamento adequado.
Portanto, é importante levar as crianças regularmente ao pediatra, para fazer o acompanhamento com maior precisão. Ana Raquel destaca que os fatores de risco, neste público, diferem dos adultos. “Então, os pais precisam ficar alertas aos sinais e sintomas que essas crianças venham apresentar, tais como: inchaço abdominal; sangramento; infecções recorrentes; pupila do olho branca e outros”, completa a profissional.
Ana Raquel ainda explica que a prevenção ao câncer infanto-juvenil ainda não tem soluções apresentadas a curto prazo. “Não existem evidências científicas, ainda, de que haja associação entre doença e fatores ambientais, logo a prevenção é um desafio”, disse.
Ela retrata que o câncer mais comum em crianças e jovens é a leucemia (que afetam os glóbulos brancos), e ainda os que atingem o sistema nervoso central e os linfomas (sistema linfático).
No entanto, há outros registros, de acordo com o Inca, como o neuroblastoma (tumor de células do sistema nervoso periférico, frequentemente de localização abdominal), tumor de Wilms (tipo de tumor renal), retinoblastoma (afeta a retina, fundo do olho), tumor germinativo (das células que originam os ovários e os testículos), osteossarcoma (tumor ósseo) e sarcomas (tumores de partes moles).