• 7 de dezembro de 2025
#Polícia

Médico é suspeito de feminicídio e deve se apresentar à polícia nesta segunda-feira

Bruno Tomiello, 29, é suspeito de matar a namorada Ketlhyn Vitória, de 15 anos, com um tiro na nuca dentro do carro; defesa alega acidente, mas versão é contestada pela Polícia Civil
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O médico Bruno Felisberto Tomiello, de 29 anos, suspeito de matar com um tiro na nuca a adolescente Ketlhyn Vitória de Souza, de apenas 15 anos, em Guarantã do Norte (a 715 km de Cuiabá), deve se entregar à Polícia Civil nesta segunda-feira (5), conforme afirmou seu advogado à imprensa local. A defesa sustenta a versão de que a morte foi acidental, resultado da combinação de álcool e arma de fogo. No entanto, a Polícia Civil trata o caso como suspeita de feminicídio e segue investigando o que de fato ocorreu dentro do carro do suspeito na madrugada do último sábado (3).

De acordo com o delegado responsável pelo caso, Waner dos Santos Neves, o laudo pericial aponta que o tiro foi efetuado de trás para frente, da direita para a esquerda, na região da nuca, o que, segundo ele, é incompatível com a hipótese de suicídio ou disparo acidental feito pela vítima. A arma foi disparada dentro do veículo onde o casal estava.

O delegado também informou que investiga o histórico do relacionamento entre a adolescente e o médico, considerando a diferença de idade entre ambos. Ketlhyn havia completado 15 anos em 31 de março. “Se o relacionamento começou antes dos 14 anos, configura-se estupro de vulnerável. Isso também será apurado”, disse Waner.

Entrada no hospital e fuga

A jovem foi levada ao hospital da cidade pelo próprio médico, por volta das 2h da madrugada. Segundo profissionais da unidade, Bruno chegou gritando por socorro, pedindo que salvassem sua “menina” e afirmando que “não saberia viver sem ela”. As equipes médicas tentaram reanimar Ketlhyn por cerca de 40 minutos, mas ela não resistiu aos ferimentos e teve a morte confirmada.

Após receber a notícia, Bruno se descontrolou, tentou quebrar portas e janelas do hospital e foi contido pela polícia. Pouco depois, ele fugiu e passou a ser considerado foragido. A expectativa é de que ele se apresente ainda nesta segunda.

A defesa do médico afirma que ele está emocionalmente abalado e que o caso foi uma “tragédia” envolvendo negligência e irresponsabilidade no manuseio de arma de fogo. “Fica o recado: menos armas e mais livros”, declarou o advogado.

A Polícia Civil segue com as investigações e aguarda o depoimento do suspeito, que será fundamental para o andamento do inquérito. A comoção e indignação da população local têm crescido, principalmente pelas circunstâncias do caso e pela idade da vítima.

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