Uma das principais causas da baixa produtividade do gado leiteiro é a qualidade genética do animal. Para produzir mais e melhor, o gado leiteiro precisa, antes de tudo, ter uma boa genética. O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf), segue investindo em melhoramento genético do rebanho em propriedades onde o acesso a tecnologias reprodutivas seria inviável, dado aos altos custos do procedimento.
Através de inseminação artificial e a fertilização in vitro, agricultores familiares de 33 municípios estão fazendo a inclusão gradativa dos animais, em sua maioria, de baixo potencial genético e pouca produtividade, por matrizes de alta performance produtiva.
O nascimento dos primeiros animais, frutos desses investimentos em biotécnica reprodutiva, tem sido comemorado pelos beneficiados, como o produtor rural Leandro Alves, 45 anos, proprietário da fazenda ‘Lago Azul’, na gleba Araguari. Apenas na propriedade dele, localizada em Porto Alegre do Norte, três animais já nasceram, fruto da ação do Governo do Estado.
“Estamos sendo bem atendido por todos os órgãos do Governo, que além da Seaf, conta também com a assistência técnica da Empaer. Não tenho dúvidas de que esses bezerros vieram para melhorar nosso rebanho e aumentar a nossa produção leiteira”, explica Leandro.
Para produtores familiares como Leandro Alves, a Seaf já repassou 7,5 mil doses de sêmen bovino sexado (fêmea) e 7,5 mil doses de sêmen convencional (podendo ser macho ou fêmea). Todas essas doses de sêmen são de cinco raças com forte potencial para produção leiteira: Holandesa, Jersey, Girolando 3/4, Girolando 5/8 e Gir leiteiro. Além disso investiu em 850 prenhezes, que consiste na fertilização in vitro em laboratório, e em seguida a transferência de embrião para a vaca. Nessa ação de prenhezes o Estado contou com a parceria com prefeituras e cooperativas de leite.
E como o segredo do sucesso na pecuária leiteira passa também pelo pasto, o Governo do Estado destinou 43 mil toneladas de calcário para 76 municípios, com o propósito de auxiliar os produtores da bacia leiteira a formarem um solo mais fértil para a produção de capim.
“Além desses investimentos, promovemos também a doação de 50 ordenhadeiras de leite para 16 cidades, quatro caminhões isotérmicos para o transporte de leite e 375 resfriadores de leite para 83 municípios. Sem sombra de dúvidas, é o maior investimento que o segmento já recebeu de uma gestão estadual”, acrescenta Silvano Amaral.
Ações futuras
Para 2022 estão previstas ainda o repasse de mais 12 mil doses de sêmen bovino, 915 novas prenhezes e mais 157 resfriadores de leite.