O uso de novas tecnologias na elaboração de projetos e na fiscalização de obras públicas foi a tônica do 16º ciclo do “Programa CGE ORIENTA – Estado Íntegro e Eficaz”, promovido de forma virtual pela Controladoria Geral do Estado (CGE-MT).
Um dos focos do webinar foi a demonstração do funcionamento e dos benefícios do uso de drones na fiscalização de obras rodoviárias. Nesse ponto, o auditor do Estado e engenheiro civil, André Luiz Costa Ferreira, apresentou conceitos básicos de topografia com drones e exemplos de aplicação e utilização de drones em obras rodoviárias.
Em sua explanação, ele chamou a atenção para a importância do planejamento de voo com drones a fim de garantir precisão e acurácia das informações coletadas na área inspecionada. “Primeiro é preciso definir que tipo de voo se quer fazer com o drone, qual a tipo de informação a ser coletada em campo e como tratar este tipo de informação”, destacou o auditor.
Outro foco do ciclo do “Programa CGE ORIENTA” foi a implementação da plataforma BIM em projetos de obras civis. O auditor explicou que BIM é a sigla de Building Information Modeling, cuja tradução livre é Modelagem da Informação da Construção.
Essa tecnologia permite a criação de projeto de construção compartilhado com informações integradas de design, arquitetura e engenharia em um formato que simula a obra real em 3D, modela a estrutura e todas as fases do empreendimento (projeto, execução e operação).
Segundo o auditor da CGE, com a tecnologia BIM, o modelo gerado por computador contém geometria e dados precisos necessários para apoio às atividades de construção, fabricação e aquisição de materiais durante todo o ciclo de vida da obra, permitindo melhor análise e controle do que os processos manuais.
“O BIM permite não só uma representação gráfica da construção, mas o edifício com todos os seus sistemas construtivos, o que possibilita melhorar a qualidade dos projetos de engenharia e, mais importante, melhorar a manutenção das obras, tanto na parte elétrica, hidráulica e estrutural”, pontuou.
Nova cultura
O uso do conceito BIM está mais avançado na esfera privada. No setor público, já há algumas iniciativas de destaque, com diferentes níveis de maturidade na implantação da tecnologia, a exemplo do Governo Federal, das Forças Armadas e do Governo do Estado de Santa Catarina.
Segundo o auditor da CGE, a adoção da tecnologia BIM nas obras públicas envolve uma mudança de cultura dos servidores e dos colaboradores da construção civil (projetistas, supervisoras, gerenciadoras de obras etc).
Nesse contexto, a Controladoria, por meio de sua equipe de auditores-engenheiros, prepara capacitações detalhadas para 2022 sobre o uso da plataforma nos projetos a serem executados pelo Governo de Mato Grosso.
“A ideia é fomentar a melhoria da qualidade dos projetos para que possamos realizar o que a população realmente espera da administração pública estadual. Para que isso aconteça, temos de começar a pensar em melhorar os projetos, capacitar servidores e colaboradores, num trabalho conjunto de mudança de cultura”, argumentou.
Além disso, está em andamento pela Controladoria um levantamento preliminar junto aos órgãos estaduais quanto às obras necessárias de reforma de prédios públicos que possam ser incluídas no projeto-piloto de implantação da plataforma BIM no Governo do Estado.
“No Poder Executivo Estadual, estamos começando a pensar em BIM na reforma dos prédios públicos, porque já temos o conhecimento da edificação, e o nível de intervenção não é tão grande”, finalizou o auditor.
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