Ao contragosto de muitos eleitores, principalmente em estados como Mato Grosso, de maioria conservadora, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é a cada dia mais favorito para vencer o pleito eleitoral de 2022. A grande discussão, ao quadro de hoje, é com quem ele disputará e se leva no primeiro ou no segundo turno.
Embalado por pesquisas eleitorais que seguidamente têm colocado o petista na liderança das intenções de voto para a eleição presidencial, Lula pode já levar a faixa ainda no primeiro turno, pois pontua com quase 50% das intenções de voto e sozinho tem um percentual maior que a soma de todos os demais pré-candidatos.
A situação anda tão favorável ao ex-presidente que até o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), pequeno partido de esquerda que foi oposição aos governos petistas e que tem uma tradição de sempre lançar candidaturas próprias, já declarou apoio ao projeto de reconduzir Lula ao Planalto.
Se do ponto de vista puramente numérico o apoio é irrelevante, a desistência de uma possível candidatura em apoio à Lula reforça a possibilidade de se fechar a fatura ainda no primeiro turno em 2022 e facilita a construção de acordos políticos para derrotar o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que é uma bandeira que envolve desde a esquerda, o centro e chega até setores democráticos da direita.