Policiais penais da Penitenciária Central de Cuiabá passaram a adotar uma nova forma de realizar rondas e fiscalizações em torno da unidade. Além da vigia nas torres e por viatura, passaram a usar três drones apreendidos de criminosos para promover a segurança da unidade. Somente neste ano, a PCE apreendeu cerca de 25 drones, com valor médio de R$ 13 mil.
Os drones são a principal forma utilizada por uma organização criminosa para tentar levar celulares e drogas para os presos. Até o dia 20 de agosto foram apreendidos 140 celulares, o que dá um prejuízo ao crime de cerca de R$ 2,1 milhões apenas neste ano na PCE e mais R$ 325 mil só com a apreensão dos drones.
“O celular, independente do modelo, tem um valor de R$ 15 mil. Os criminosos pagam por isso para tentar manter o controle sobre as organizações e dar ordens para quem está do lado de fora. Mas nosso papel é evitar qualquer tipo de comunicação que não estejam previstos na Lei de Execução Penal”, destacou o diretor da PCE, Lindomar Rocha.
O secretário adjunto de Administração Penitenciária, Jean Gonçalves, destaca que a PCE assim como a Penitenciária da Mata Grande, em Rondonópolis, são as que tem maior incidência de uso de drones por criminosos. “Temos investidos em técnicas e tecnologias para inibir esse tipo de ocorrência”.
Como os drones são a principal forma de tentativa de levar ilícitos aos presos, os policiais penais passaram a manusear o drone. Em julho, policiais penais da unidade passaram por capacitação do curso de “Operação de aeronave remotamente pilotada – drone – asa rotativa”, promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar-MT).
Com duração de 24 horas/aula, os agentes foram instruídos em diversos aspectos teóricos e práticos de um drone, como legislação, aplicabilidade do drone, manuseio, manutenção básica, cuidados com a bateria, carga e descarga, além da parte operacional.