O prefeito de Primavera do Leste, Leonardo Bortolin (MDB), recebeu nessa semana o presidente da Rumo Logística, João Alberto Abreu, para avançar nas tratativas que visam levar os trilhos da Ferronorte até próximo da cidade. Ele ouviu do empresário que os preparativos estão avançados e que o início da construção dos trilhos em direção à cidade deve ser em breve.
Leonardo Bortolin há tempos vem desenvolvendo esforços no sentido de levar os trilhos da Ferronorte para Primavera do Leste, com a construção de um terminal ferroviário na cidade, antes que os trilhos sigam para a região de Nova Mutum, com o objetivo de facilitar o escoamento da safra de grãos e do algodão produzidos na região, do etanol de milho e outros, diminuindo seus custos e aumentando a competividade das commodities no mercado internacional.
“Desde o início da nossa gestão, o foco sempre foi o desenvolvimento econômico e fazer com que Primavera voltasse a ser enxergada pelas empresas nacionais e multinacionais como um município não só rico pela produção agrícola, nem só pela sua consolidação logística no Centro Oeste, cortada pela MT (130), pela BR-070, mas por todas as suas outras características. Para isso, criamos novas leis de incentivo, criamos novos parques industriais, montamos as caravanas empresariais e começamos os mais diversos cantos do Brasil”, conta Léo Bortolin.
Com isso, ele garante que conseguiu chamar a atenção para o potencial da cidade e atrair novas empresas a investirem e se instalarem na cidade, e ele cita como exemplo a rede Havan, o Atacadista Machado e a rede Atacadão, e cita que há 12 indústrias em instalação na cidade neste momento. “Para potencializar ainda mais os segmentos econômico da agricultura, indústria e comércio, é necessário que tenhamos o preceito da logística”, explica o gestor, deixando claro porque resolveu investir na ideia de levar os trilhos da ferrovia até o município.
Ele lembra que hoje em dia o Brasil possui cerca de 30 mil quilômetros de ferrovias ativas, enquanto países como os Estados Unidos possuem mais de 300 mil quilômetros de ferrovias, o que é um dos motivos da grandeza da sua economia. “Desse total de ferrovias brasileiras, metade não funciona em toda sua plenitude e a outra metade são os trilhos sob o domínio da Rumo, que hoje é a maior operadora de ferrovias do Brasil”, continua Léo Bortolin.
O gestor continua explicando que a cerca de um ano e meio iniciou tratativas com a diretoria da Rumo no sentido de levar um terminal da Ferronorte até Primavera do Leste, antes que os mesmos rumem para Nova Mutum. “Já tivemos cinco encontros e agora no dia 13 de julho foi determinante para que o CEO da empresa definisse que a nossa região vai receber um terminal ferroviário de 200 hectares para transportar todas as riquezas que aqui produzimos”, completou.
Na reunião que teve com líderes empresariais de diversos segmentos econômicos atuantes na região, João Alberto Abreu pôde comprovar que há a demanda por um terminal da Rumo na região. “Estamos na reta final de avalição, do ponto de vista de investimento, tivemos um avanço muito grande na área de engenharia, e também em questão de licenciamento ambiental. Esperamos apenas concluir a parte regulatória com o governo para iniciarmos a obra”, declarou o CEO da Rumo.
Essa obra de construção dos cerca de 100 quilômetros de trilhos deve levar de seis a sete anos para serem concluídos o novo empreendimento tem potencial para gerar até 235 mil empregos ao longo da sua consecução.