Diversidade, representatividade e aprendizado para transformação social. Esses foram alguns dos assuntos que os estudantes da Escola Estadual Leônidas Antero de Matos, em Cuiabá, conversaram com a presidente do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso, desembargadora Adenir Carruesco, nessa segunda (17). A visita ao TRT/MT faz parte das ações de combate ao trabalho infantil.
O grupo, composto por 15 alunos do ensino fundamental e ensino médio, foi acompanhado pelo professor de Sociologia, Randalle Silva. “Alguns assuntos não podem ficar restritos à sala de aula. A visita ao TRT para conhecer um pouco do cotidiano da instituição vai enriquecer a cosmovisão social dos estudantes e ajudar na quebra de paradigmas e estereótipos de que a Justiça não está preocupada com as mazelas existentes na sociedade”, afirmou.
O professor disse ainda que o trabalho infantil faz parte do dia a dia dos alunos. “A escola está situada em uma região de vulnerabilidade social e lida constantemente com diversos problemas. Nosso papel, enquanto educador, é mostrar o que é certo e errado e ensinar quais os canais de denúncia”, ressaltou.
Aprendizados
Para a estudante Ana Vitória Vital da Silva a visita, além de esclarecedora, serviu como fonte de inspiração. “Foi muito importante conhecer a trajetória da presidente do TRT que, assim como eu, é uma mulher negra. Isso me agregou como ser humano por ter aprendido com tudo que ouvi e também me faz acreditar que posso ir onde minha imaginação quiser”, disse.
Ivan Luiz Rocha, que cursa o ensino médio, gostou de visitar um local diferente do qual está inserido. “Vivemos uma realidade muito diferente, mas a presidente nos recebeu e não se importou se falamos diferente e entendeu nosso posicionamento e a ignorância da gente em alguns assuntos”.
A oportunidade de conhecer o Tribunal levou o estudante Ivan Luiz a dizer que gostaria que todos os outros colegas da sua escola tivessem a mesma experiência. “Aprender sobre o trabalho infantil foi bom para mim que estou concluindo o Ensino Médio e logo vou ingressar no mercado de trabalho. Mas, para os alunos do Ensino Fundamental seria melhor ainda porque muitos trabalham e sequer conhecem a expressão trabalho infantil e a importância de combater esse problema”, destacou.
(Fabyola Coutinho)
Fonte: TRT – MT