Aditivos nutricionais impulsionam crescimento da produção de camarão no Brasil
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Crescimento da produção brasileira de camarão
O Brasil encerrou 2024 com uma produção estimada em 210 mil toneladas de camarão, volume 20% superior ao registrado no ano anterior, segundo dados da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC). A expectativa é que o setor mantenha o ritmo de crescimento em 2025, impulsionado por avanços tecnológicos e melhorias no manejo nutricional.
De acordo com o zootecnista Gustavo Pizzato, gerente de produtos Aqua da Guabi Nutrição e Saúde Animal, a expansão da carcinicultura nacional exige atenção redobrada aos desafios produtivos e sanitários. “O crescimento do setor reforça a importância da inovação na nutrição animal para garantir resultados consistentes”, afirma o especialista.
Inovações na nutrição animal elevam desempenho
Durante a Feira Nacional do Camarão (Fenacam), realizada em Natal (RN) entre os dias 11 e 14 de novembro, a Guabi destacou a relevância dos aditivos funcionais na alimentação dos camarões. Essas tecnologias nutricionais atuam de forma direta na saúde intestinal dos animais, fator essencial para o crescimento e a resistência a doenças.
Pizzato explica que os produtores têm aderido cada vez mais a essas inovações diante da dificuldade de alcançar os mesmos resultados obtidos em ciclos anteriores. “As tecnologias nutricionais se tornaram um diferencial competitivo importante para o setor”, pontua.
Como funcionam os aditivos funcionais
Os aditivos funcionais combinam diferentes componentes que atuam em sinergia no organismo dos camarões. Entre eles estão:
- Prebióticos e probióticos, que estimulam a colonização de bactérias benéficas;
- Ácidos orgânicos, que ajudam na proteção e equilíbrio do ambiente intestinal;
- Nucleotídeos, enzimas e DHA, que promovem o crescimento e o desenvolvimento saudável dos animais.
Segundo Pizzato, a suplementação com esses aditivos é essencial para enfrentar doenças recorrentes no cultivo, como a Necrose Infecciosa Hepatopancreática (NIN) e a Mancha Branca, que podem causar grandes prejuízos produtivos.
Resultados em campo confirmam avanços
A carcinicultura brasileira tem se expandido tanto em áreas costeiras de alta salinidade quanto em regiões de águas oligossalinas, como no Ceará, estado responsável por 55% da produção nacional. Para atender diferentes condições, a Guabi desenvolveu soluções nutricionais específicas para todas as fases do cultivo, ajustando o balanço iônico das dietas de acordo com a salinidade da água.
Entre os destaques do portfólio estão as rações extrusadas para engorda, que oferecem melhor digestibilidade, estabilidade na água e distribuição uniforme. O uso dessas tecnologias tem proporcionado ciclos de cultivo mais curtos — entre 80 e 90 dias — e conversões alimentares abaixo de um, com camarões de até 30 gramas.
“O mercado busca cada vez mais camarões maiores, o que exige uma nutrição de alta performance e manejo preciso”, ressalta Pizzato.
Caso de sucesso no Ceará reforça eficiência
Durante o XXI Seminário Internacional de Carcinicultura, o engenheiro de pesca Diego Viana, supervisor comercial e técnico da Guabi, apresentou um caso prático de sucesso no uso de aditivos funcionais.
Um produtor cearense, utilizando o Guabitech Active, alcançou crescimento médio semanal de 2,4 g em camarões cultivados em águas de baixa salinidade, após 20 dias de berçário e 84 dias de cultivo. Com densidade de 18 camarões por metro quadrado, o produtor atingiu peso final de 30 g e produção total de 3.500 kg.
Os resultados reforçam a importância do investimento em tecnologia nutricional como ferramenta estratégica para elevar a produtividade e sustentabilidade da carcinicultura brasileira.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio





