Mediação e arbitragem ganham espaço no agronegócio e reduzem custos e tempo em disputas
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Soluções rápidas e seguras para o agronegócio
O agronegócio brasileiro, um dos pilares da economia nacional, movimenta bilhões de reais por ano e envolve cadeias produtivas complexas que exigem previsibilidade, confiança e agilidade nas decisões. Nesse contexto, a mediação e a arbitragem surgem como alternativas estratégicas para resolver disputas de forma mais ágil, técnica e econômica do que o tradicional processo judicial.
Segundo Camila Biral, vice-presidente de Agronegócio da CAMARB (Câmara de Mediação e Arbitragem Empresarial do Brasil) e coordenadora do Comitê de Agronegócio da instituição, o uso desses métodos ainda é tímido no setor rural, embora já amplamente consolidado em segmentos como infraestrutura, mercado financeiro e indústria farmacêutica.
“Queremos mostrar que a arbitragem é um caminho mais célere, técnico e alinhado às necessidades do agronegócio”, afirma Biral.
Arbitragem: rapidez e especialização em disputas
De acordo com a especialista, a arbitragem oferece ganhos expressivos em tempo e qualidade técnica. Enquanto um processo judicial tradicional pode levar de sete a dez anos para ser concluído no Brasil, a arbitragem costuma resolver conflitos em cerca de dois anos.
A diferença está na agilidade e na escolha de árbitros especializados, com conhecimento técnico sobre o tema em discussão. Essa característica permite decisões mais rápidas, assertivas e adequadas às particularidades do setor.
“Para o agronegócio, esse modelo representa mais segurança jurídica e menor impacto nas operações do dia a dia”, explica Camila Biral.
Ela reforça que a arbitragem é especialmente relevante em contratos de fornecimento, parcerias rurais, transporte e exportação — áreas em que a previsibilidade e o cumprimento de prazos são fundamentais.
Mediação: diálogo e preservação de relações comerciais
Além da arbitragem, a mediação tem se consolidado como uma ferramenta essencial para prevenir e solucionar disputas no campo. Com foco na colaboração, esse método incentiva as partes a construírem soluções consensuais, preservando vínculos comerciais e evitando o desgaste de longas batalhas judiciais.
Em um ambiente de negócios cada vez mais competitivo e internacionalizado, a adoção de práticas preventivas e conciliadoras reforça a sustentabilidade das relações empresariais.
“Ao unir técnica, especialização e diálogo, a CAMARB e seu Comitê de Agronegócio reforçam o compromisso de modernizar as formas de resolução de conflitos no setor”, afirma Biral.
Cultura de eficiência e confiança no campo
A especialista destaca que o fortalecimento da cultura de mediação e arbitragem é essencial para acompanhar o ritmo e a complexidade do agronegócio brasileiro. Esses mecanismos proporcionam redução de custos, previsibilidade nas decisões e maior segurança jurídica, fatores determinantes para o crescimento sustentável do setor.
“Sobretudo no agro, tempo é um recurso escasso. Construir boas vias para acordos é um ativo estratégico”, resume Camila Biral.
Com iniciativas como as da CAMARB, o agronegócio brasileiro avança para um modelo de gestão de conflitos mais moderno, eficiente e alinhado às exigências do mercado global.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio





