Governadores de Goiás, Mato Grosso do Sul e Piauí apresentaram suas estratégias para impulsionar o setor agropecuário em seus estados. O Brasil, apesar de ser um grande player no agronegócio, ainda tem potencial para expandir a produção em várias regiões, com destaque para a adoção de novas tecnologias e a melhoria da infraestrutura.
As discussões reaziado no âmbito do AgroForum evidenciam como o Brasil pode seguir ampliando seu agro, com foco em inovação tecnológica, práticas sustentáveis e parcerias estratégicas que envolvem a iniciativa privada. Para os aanalistas, as iniciativas nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Piauí são exemplos de como os governantes estão se preparando para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem para o setor agropecuário.
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, destacou a importância da inovação para aumentar a produtividade das principais commodities do país, como soja, milho e cana. Ele ressaltou que o estado, conhecido por sua agricultura diversificada, voltou a produzir arroz, um exemplo do impacto positivo das inovações no setor. “Hoje, cultivamos variedades capazes de alcançar alta produtividade, mesmo em regiões de Cerrado, que muitas vezes são mais inóspitas do que imaginamos”, afirmou Caiado.
Caiado também falou sobre a necessidade de enfrentar os desafios climáticos, como as enchentes no Rio Grande do Sul e as queimadas em várias partes do país. Para isso, o estado investiu em tecnologia e sustentabilidade, como o centro de inteligência artificial na Universidade Federal de Goiás (UFG), em parceria com a Huawei, que desenvolve robôs e drones com tecnologia 5G. Além disso, Goiás lidera o projeto “Juntos pelo Araguaia”, que já restaurou 5 mil hectares do rio Araguaia, um dos maiores programas de recuperação de bacias no Brasil.
Em Mato Grosso do Sul, o governador Eduardo Riedel focou na transição energética e segurança alimentar, dois pontos essenciais para garantir a competitividade do agronegócio. O estado, um dos maiores produtores de soja e milho, também busca atingir a neutralidade de carbono até 2030, com investimentos em técnicas como o plantio direto, uma prática que ajuda a preservar o solo e reduzir as emissões de carbono. “Nosso maior potencial está no que temos desenvolvido, como o plantio direto, que absorve milhões de toneladas de carbono por ano”, explicou Riedel.
Por sua vez, o governador do Piauí, Rafael Fonteles, ressaltou a importância das parcerias público-privadas (PPPs) para o desenvolvimento da infraestrutura no estado. O Piauí tem se destacado pela produção de soja e algodão de alta produtividade, com fazendas irrigadas que alcançam mais de 80 sacas de soja por hectare. O governador também mencionou investimentos em rodovias e, futuramente, hidrovias, com o objetivo de melhorar o escoamento da produção, especialmente por meio do Rio Parnaíba, que pode conectar o sul do estado ao Porto de Luís Correia, um projeto em andamento que promete reduzir os custos do frete.
Fonte: Pensar Agro