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Pesquisadores alertam para os riscos do atraso no plantio

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Pesquisadores da Fundação MT – uma entidade que há mais de 30 anos desenvolve tecnologias aplicadas à agricultura – manifestaram preocupação com o atraso do plantio de soja no Estado. Segundo eles, no estado, maior produtor de soja do país, apenas 55,73% dos 12,66 milhões de hectares foram semeados até meados de outubro. Esse percentual é inferior aos 65% alcançados no mesmo período do ano passado, refletindo os desafios causados pela seca. Em todo o País, a média de plantio está abaixo de 40%

A Fundação alerta que o início mais seco da safra agrava as condições para o aparecimento de pragas e doenças, enfraquecendo as plantas e exigindo ações específicas para mitigar os efeitos. A seca favorece a proliferação da mosca branca, com possibilidade de surgimento de fumagina, seca das folhas e queda precoce de folhagem, comprometendo a produtividade. Pragas como lagarta elasmo, coleópteros e lagarta Spodoptera frugiperda já têm causado danos notáveis no desenvolvimento das plantas.

Outro alerta é para o aumento de tripes (Frankliniella schultzei) em algumas regiões, que podem causar deformações em folhas e flores e afetar diretamente o rendimento. Medidas como o monitoramento contínuo e o manejo integrado de pragas, que inclui o uso de produtos biológicos e químicos específicos, são recomendadas para a proteção das lavouras.

A seca também amplia os riscos de infestação por nematoides, especialmente em áreas onde as plantas estão mais estressadas pela falta de água. O diagnóstico precoce da presença de nematoides é essencial para escolher as estratégias de controle mais eficazes, que podem envolver cultivares resistentes, rotação de culturas e, em casos específicos, a aplicação de nematicidas.

A Fundação destaca a importância de uma análise nematológica 70 dias após o plantio, possibilitando que o produtor ajuste o manejo para a safra seguinte. Para otimizar a gestão desses riscos, a Fundação MT oferece a plataforma FMT iD, uma ferramenta digital que facilita o acesso a dados técnicos para orientar as decisões dos produtores.

Fonte: Pensar Agro

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