Na busca pela redução do alto índice de hanseníase registrado no estado, o Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), realiza nos dias 4 e 5 de novembro, o seminário “Construindo Ações para Mato Grosso Livre da Hanseníase”. A programação reúne especialistas com atuação local e nacional em seis painéis temáticos e duas mesas redondas, além de debate e lançamento do livro “Hanseníase no Brasil: Mato Grosso em Foco”. Clique aqui para se inscrever.
Mato Grosso detém a maior taxa de detecção de hanseníase do país, com quase 4 mil casos registrados em 2024, e o TCE vem buscando alternativas para contribuir para mudança desse cenário. Na sessão ordinária desta terça-feira (22), o conselheiro-presidente, Sérgio Ricardo, reforçou a necessidade de se combater a doença que, em países subdesenvolvidos, já foi exterminada há séculos.
“Somos campeões na produção de soja, milho, algodão e carne, com recordes nas exportações de commodities, e somos também os campeões na hanseníase, estando 60% acima da média nacional. É uma contradição que desafia essa riqueza e agora vamos descobrir onde está essa doença, em quais municípios e o motivo dela ainda existir em nosso estado. Vamos trazer a temática à tona”, asseverou Sérgio Ricardo.
Presidente da Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social, que coordena o seminário, o conselheiro Guilherme Antonio Maluf classificou a posição de Mato Grosso no ranking da doença como “vergonhosa”. “Este estado vai receber seis grandes hospitais, mas não adianta milhares de leitos hospitalares se continuarmos nessa posição. Vamos ter um custeio aproximado de mais de R$ 1 bilhão ao ano e vamos continuar nessa mesma toada”.
Maluf, que é médico, também conduzirá a palestra magna do encontro. Na sequência, o médico sanitarista e diretor do Instituto de Desenvolvimento e Apoio à Gestão (IDAG), Nésio Fernandes de Medeiros Júnior, lançará o livro “Hanseníase no Brasil: Mato Grosso em Foco”.
Ainda no primeiro dia de evento, serão promovidos cinco painéis com temáticas como aspectos gerais da endemia de hanseníase em Mato Grosso, apresentação de propostas para controle da doença, cuidados das pessoas com hanseníase, novas tecnologias e técnicas de diagnóstico, atualização sobre formas de tratamento, além de uma mesa de apresentação de ações de controle da doença no estado.
No dia 5, a programação continua com o painel “Condução da política de ensino, pesquisa e educação permanente sobre hanseníase e boas práticas”. Logo em seguida, será realizada uma mesa redonda para debater desafios e propostas para um Mato Grosso livre da hanseníase e outra para apresentar e sistematizar as contribuições do seminário.
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Fonte: TCE MT – MT