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Independência do Brasil se comemora hoje, mas e a independência da advocacia?

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Independência essa que não vemos na nossa representatividade de classe. A Ordem dos Advogados do Brasil se tornou de “alguns” advogados e advogadas que se apropriaram dela e não permitem que muitos outros advogados participem. Hoje vemos uma Ordem calada, subserviente aos interesses alheios e particulares, omissa e negligente.

Atualmente a Ordem não tem transparência, persegue advogados que cobram transparência (inclusive, me interpela também por cobrar prestação de contas!). Hoje temos uma OAB que quer colocar uma mordaça nos advogados ao proibir que se fale do processo eleitoral, através do Provimento 222/2023.

Hoje temos uma representatividade acovardada e sem diálogo transparente, que se esconde atrás de cargos e que sequer divulga a data das eleições, dificultando que descontentes como eu e tantos outros possamos nos preparar e nos apresentar como dissidentes da situação posta.

Foi-se o tempo em que a Ordem era o esteio da sociedade, indispensável à administração da Justiça e uma instituição onde as pessoas poderiam confiar.

Nos dias de hoje vemos muito OBA OBA e pouca OAB, com gastos com festas, viagens, homenagens e pouca representatividade efetiva, dirigida apenas aos seus poucos afiliados. O advogado é maltratado e vive lado a lado com a violação de suas prerrogativas, com a certeza de que a defesa delas vem com a sua exposição da pessoa do advogado, já que os representantes não querem se indispor com as autoridades e evitar conflitos de ordem social e particular.

Enfim, hoje celebramos a independência do Brasil, mas e a verdadeira independência da advocacia, vem quando? Esperamos ter a resposta em breve.

Rafael Soares
Advogado em Rondonópolis, professor universitário e mestre em Direito.

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