Primeira mulher a se tornar presidente do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso, Guilhermina Maria Vieira de Freitas foi a segunda a ocupar a Presidência do órgão, em dezembro de 1994. Atualmente aposentada, ela começou como juíza substituta e, pouco depois, estava no cargo de desembargadora. A história de Guilhermina já está disponível no novo episódio do Programa de História Oral.
Tudo começou sob a influência de um irmão que era juiz de direito no estado de Minas Gerais. Naquela época, a cidade em que viviam era pequena e, basicamente, as funções do município ficavam sob a responsabilidade de três personalidades, como brinca Guilhermina: “numa cidade pequena, quem mandava era o padre, o prefeito e o juiz”.
A princípio, a desembargadora ingressou na área do direito pensando em ser juíza, sem pretensão de advogar. Assim que terminou a graduação, prestou concurso para servidor e foi selecionada em 2º lugar no TRT da 10ª Região, que atualmente tem jurisdição sobre o Distrito Federal e Tocantins. Guilhermina começou atuando no departamento pessoal, fornecendo pareceres, mas sempre com o desejo pelo cargo de juíza.
Anos depois, Guilhermina alcançou o sonho e tomou posse como juíza substituta, também no Tribunal da 10ª Região. Em seguida, solicitou transferência e assumiu o cargo no TRT de Mato Grosso, onde alcançou a posição de presidente, sendo a segunda pessoa a ocupar a Presidência do órgão e primeira mulher a ocupar tal cargo.
A história de Guilhermina e de outros personagens que fizeram parte da Justiça do Trabalho em Mato Grosso, como o juízes Benito Caparelli (do 1º concurso de magistrados do Tribunal), Waldemar Thomazine (que comandou a 1ª Junta de Conciliação e Julgamento de Cuiabá, de 1962 e 1966) e o ministro do TST Guilherme Caputo Bastos (que integrou a primeira composição do TRT e presidiu o órgão de 1997 a 1999) estão disponíveis no canal do Tribunal no YouTube, neste link.
História Oral
O programa História Oral foi instituído pela Justiça do Trabalho mato-grossense com a intenção de preservar e organizar o conteúdo audiovisual já existente no Tribunal. A ação está regulamentada pela Resolução Administrativa (RA) 389/2023 e abarca fotos, vídeos e gravações realizadas ao longo da existência da instituição.
Além de ser uma forma de resguardar a história do TRT de Mato Grosso, o programa também está em consonância com a Resolução CNJ 324/2020, que institui diretrizes e normas de Gestão de Memória e de Gestão Documental.
(Karine Arruda)
Fonte: TRT – MT