O secretário adjunto de Desenvolvimento Regional, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (SDE), Celso Banazeski, retornou a Mato Grosso animado com os resultados obtidos durante a viagem de duas semanas à China e à Índia. Ele fez parte da missão liderada pelo governador Mauro Mendes que teve como objetivo promover Mato Grosso no exterior e atrair investimentos ao Estado.
A viagem à Ásia foi considerada um sucesso pelo secretário. “Foi um marco para a promoção de Mato Grosso no exterior”, afirma Banazeski. “Conhecemos dois povos milenares que sabem como fazer negócios. Com certeza, Mato Grosso abriu portas para novos investimentos e parcerias que irão gerar empregos e oportunidades”, acrescenta, lembrando que a China é o maior parceiro internacional do Brasil, tanto em exportações quanto em importações.
Na China, Banazeski participou de reuniões com representantes de empresas e entidades governamentais de diversos setores, como agricultura, mineração, energia e tecnologia. “Entre os principais resultados da visita, pode-se destacar a assinatura de um protocolo de intenções para a construção de uma fábrica de fertilizantes em Mato Grosso, um investimento de US$ 1 bilhão”, informa.
Também foi formalizado um acordo de cooperação entre o Estado e a China National Petroleum Corporation (CNPC) para o desenvolvimento de projetos de energia renovável em Mato Grosso. Também foi inaugurado em Xangai um escritório da Invest in Mato Grosso.
REFERÊNCIA EM INVESTIMENTOS
Banazeski afirma que a China é uma referência para os países que querem investir em infraestrutura. “Os investimentos são muito fortes. A logística funciona muito bem. Xangai, por exemplo, é uma cidade de 26 milhões de habitantes, mas tem menos congestionamento do que Cuiabá. É tudo muito bem feito. As vias principais são protegidas. Tem lugar que você vê cinco, seis andares de viadutos sobrepostos, a sinalização é correta. Então, o trânsito não trava”, afirma.
Uma boa parte do Produto Interno Bruto (PIB) da China vem da indústria e da agricultura. O país exporta equipamentos de processamento, de telecomunicações, de energia, vestuário, entre outros. Esse aspecto faz com que a maioria de suas importações sejam de produtos sem manufatura, já que é necessário um elevado volume de matéria-prima para sua indústria e produção. Grande consumidora de petróleo e derivados, minérios de forma geral e outros produtos, como soja e carne, a China é hoje um dos principais compradores de commodities no mundo.
“Então, eles compram matéria-prima. O Brasil é um grande fornecedor e vende muita matéria-prima e gera os empregos lá, eles industrializam lá. Então, a China tem muita geração de emprego exatamente porque as indústrias estão lá. As indústrias de ponta mostram que o produto é de boa qualidade, mas com preço muito melhor do que as indústrias brasileiras, por exemplo. O trabalhador chinês tem uma produtividade três vezes mais do que o trabalhador brasileiro, trabalha feliz porque tem o emprego, tem o trabalho. Isso é cultural”, comenta Banazeski.
ÍNDIA
Na Índia, Celso Banazeski e o governador Mauro Mendes participaram de um encontro com empresários e representantes do governo indiano, com foco nos setores de agronegócio, mineração e tecnologia. Foi assinado um protocolo de intenções para a construção de uma fábrica de etanol em Mato Grosso, com investimento previsto de US$ 500 milhões.
Aconteceu ainda a formalização de um acordo de cooperação entre o Estado e o Instituto Nacional de Pesquisa Agrícola da Índia (ICAR), para o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias para o agronegócio e a abertura de um escritório da Invest in Mato Grosso, em Nova Delhi.
INVESTIMENTOS EM MT
Celso Banazeski diz que o principal objetivo de Mato Grosso foi incentivar o empresário e o governo chinês a investirem no setor industrial do Estado. “É uma alternativa trazer a indústria chinesa para cá e industrializar a matéria-prima que nós temos, gerando emprego e renda aqui. Consequentemente, isso desperta o interesse de outros países, uma vez que podem perder fornecedores”, diz.
“Nesse sentido, a viagem foi um marco para a promoção de Mato Grosso no exterior. Os resultados obtidos na missão demonstram o potencial do Estado para atrair investimentos e parcerias com países emergentes. O Mato Grosso tem muito o que aprender com a China. A missão gerou resultados concretos, com potencial para grandes investimentos que irão beneficiar o Estado nos próximos anos”, diz o secretário adjunto de Desenvolvimento Regional.