Nesses 90 dias em que era proibido o cultivo da leguminosa, os fiscais emitiram 58 autos de infração em propriedades rurais, cujo total de área chega a 4.592 hectares, que descumpriram a medida fitossanitária aplicada desde 2006, com o propósito de minimizar a quantidade de esporos de fungo causadores da ferrugem asiática e atrasar a ocorrência da doença na safra seguinte.
Durante as fiscalizações, foram coletadas 90 amostras e levadas para análise no Laboratório de Sanidade Vegetal do Indea. O propósito era verificar se elas estavam infectadas com o fungo da ferrugem asiática.
A coordenadora de Defesa Sanitária Vegetal do Indea, Silvana Amaral, ressalta a importância da vigência do vazio sanitário da soja, por ser esse período preventivo necessário na proteção da produção estadual.
“O vazio sanitário é uma das medidas que ajudam Mato Grosso a se manter na liderança da produção de soja, e a ocupar a alta competividade no mercado nacional conquistado com muitos anos de trabalho parte dos sojicultores e do Governo do Estado”, comentou a engenheira agrônoma.
Segundo dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), cerca de 30% da produção brasileira de soja é cultivada em Mato Grosso. A produção estadual ajuda a manter o Brasil na liderança do ranking dos maiores produtores mundiais de soja.
Na safra 2022/2023, foram cadastradas no Indea 14.024 propriedades com plantio de soja, com área declarada de mais de 10,7 milhões de hectares plantados e o número de 8.461 produtores.
Fonte: Governo MT – MT