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Membros da Comissão de Prevenção ao Assédio participam de Círculo de Construção de Paz

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Fortalecer relacionamentos e acolher. Valores essenciais trazidos pelos Círculos de Construção de Paz e que, a partir de agora, se tornarão a base para o tratamento das notícias de assédio e discriminação recebidas pelas Comissões de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
 
Nessa quinta-feira (24 de agosto), parte dos membros que compõe as comissões tiveram a oportunidade de vivenciar as experiências que cercam a metodologia, e que se tornou uma das principais ferramentas da Justiça Restaurativa para a cura de relacionamentos no mundo inteiro.
 
Com a parceria do Núcleo Gestor da Justiça Restaurativa (NugJur), a ideia é que dentro de um espaço seguro de respeito e escuta ativa, os servidores tenham a oportunidade de expressar seus sentimentos e necessidades. E é nesse espaço, que as comissões terão a possibilidade de ouvir, avaliar, acolher e orientar as pessoas afetadas por situações de assédio e discriminação no Poder Judiciário.
 
A adoção das práticas restaurativas faz parte das ações estabelecidas pela campanha permanente do Poder Judiciário de Mato Grosso contra o assédio, assim como o tratamento dos casos ocorridos na instituição, estão alinhadas à Resolução 351/2020 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que instituiu a Política de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral, do Assédio Sexual e da Discriminação, no âmbito do Judiciário.
 
Para Mireni de Oliveira Costa Silva, Oficial de Justiça da Comarca de Cáceres e representante do Sindicato dos Oficiais de Justiça e Avaliadores do Estado de Mato Grosso na comissão de assédio, a oportunidade do autoconhecimento enriquece a qualidade do trabalho prestado dentro do Judiciário.
 
“Para mim, foi um momento de autoaprendizagem, de partilha e de ouvir o outro. São momentos que contribuem para a Mireni enquanto pessoa e para a Mireni enquanto servidora. E enquanto representante do sindicato dos oficiais de justiça na comissão de assédio, acredito que todo propósito que venha a contribuir para o nosso crescimento é muito valioso, e deve ser estimulado”, afirma Mireni.
 
A técnica judiciária da Comarca de Cáceres, Rosemar da Silva Santos, que representa a Associação dos Técnicos Judiciários de Mato Grosso, destacou o direito de falar, ouvir e ser ouvido como um dos momentos mais fortes da dinâmica.
 
“Foi uma experiência muito boa, exatamente por ser um lugar onde nós podemos falar, nos expressar, e praticar a escuta ativa sobre aquilo que é trazido pelos nossos colegas. As dinâmicas são boas para conhecermos o outro, e recomendo para quem puder participar. Particularmente sempre fui de falar muito, mas tem pessoas que possuem dificuldades com a fala, eu acho que quanto mais você fala, menos angustiado você fica, e aqui é uma oportunidade que você tem de falar e de ser escutado, e de ouvir outras histórias, e ouvindo as dores do outro, você pratica a empatia e vê que não existe uma dor maior ou menor do que a outra, mas sim, dores que nos afetam de diferentes formas. Nós não podemos medir a dor do outro, a partir dos nossos parâmetros, e reconhecer isso, nos faz mais próximos do outro, inclusive dentro do local de trabalho”.
 
A realização dos Círculos de Construção de Paz, dentro do Poder Judiciário, também se tornou uma oportunidade para que os facilitadores em formação do Projeto ‘Servidor da Paz’, possam colocar em prática as técnicas aprendidas durante os cursos de formação.
 
Foi o caso do gestor de Capacitação do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), Carlos Campelo, que realizou seu segundo círculo pratico desta semana. Para avançar na formação, os servidores precisam realizar atividades práticas, aperfeiçoando o aprendizado adquirido as primeiras 20 horas de carga horária.
 
“Vejo o projeto com muito respeito, por nos dar a oportunidade de nos desenvolvermos e para que os colegas possam ter também a oportunidade de se colocarem, de se apresentarem, de falarem de si, como uma forma para que a gente possa ultrapassar paredes. E esse exercício está fomentando entre os servidores, a oportunidade de conhecer a história que está por trás de cada pessoa, como ela é, como ela chegou até aqui, e para mim que estou em formação, também tenho a oportunidade de me desenvolver como pessoa, de aprender mais sobre mim, de olhar mais para mim, de respeitar mais meus sentimentos e oportunizar para que as pessoas também possam passar por esse processo de olharem para si e aprenderem mais. É um projeto sensacional”.
 
#Paratodosverem. Esta matéria possui recursos de texto alternativos para promover a inclusão de pessoas com deficiência visual. Descrição da imagem: Foto horizontal colorida dos aprticipantes do círculo de paz. Eles estão sentados em cadeiras, formando um círculo. ao centro estão objetos do círculo de paz.
 
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Naiara Martins
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br

Fonte: Tribunal de Justiça de MT – MT

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