“O estudante ouve, observa e fica mais concentrado com as aulas”, diz ele, ao destacar que houve uma grande contribuição por meio do projeto ‘Xadrez no Mato Grosso: Encaixando as peças no Estado’, desenvolvido em parceria entre a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) e a Federação Mato-grossense de Xadrez (FMTX).
A Escola Estadual Governador José Fragelli, mais conhecida como Arena da Educação, instalada nas dependências da Arena Pantanal, em Cuiabá, se tornou a grande referência. A partir dessa experiência, escolas de todas as regiões também aderiram ao programa, beneficiando mais de 40 mil estudantes e professores de 154 escolas de 113 municípios.
No interior, a Escola Estadual Julieta Xavier Borges, localizada em Barra do Bugres, também se tornou referência beneficiando as turmas do Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos – EJA. Um sonho da comunidade estudantil que se tornou realidade no dia 13 de maio de 2022, com a implantação de um Clube do Xadrez.
O Clube do Xadrez é um polo de ensino da modalidade, ligado ao Programa de Massificação do Xadrez no Estado de Mato Grosso, projeto apoiado pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer. A iniciativa tem apoio do Programa de Ampliação do Acesso ao Esporte e Lazer, do Fundo de Desenvolvimento Desportivo (Funded-MT).
Em 2022, a pedagoga Sônia Reche iniciou na escola o projeto de xadrez, quando alunos ensinavam outros alunos, facilitando, desta forma, a implantação do Clube do Xadrez. Uma história com muitos personagens. Um deles é o professor Cleiton Marino Santana, presidente da Federação Mato-Grossense de Xadrez (FMTX) e diretor da Arena da Educação.
Uma prática coletiva que contribui para o bom rendimento escolar, na redução da evasão e na capacidade de raciocínio durante as tarefas escolares. É que no xadrez, silêncio é obrigatório. O esporte também requer concentração e disciplina. “A gente fica mais concentrado e pensa mais, principalmente quando a disciplina é matemática”, conta Julio, estudante do 2º ano do Ensino Médio na Arena da Educação.
Além de grande aproveitamento em ciências exatas, por meio da prática do xadrez o professor pode elaborar metas coletivas relacionadas à preservação da saúde e à alimentação, por exemplo. Um desdobramento concreto pode ser a criação de uma horta comunitária para abastecer a cozinha da escola, transformando princípios do esporte em ações práticas de responsabilidade coletiva.
Além de ações práticas, a Federação contribui com a doação de material esportivo e cursos de formação de arbitragem, organização de clubes e formação de xadrez educacional para os professores. “A Seduc sempre foi uma parceira da Federação Mato-grossense de Xadrez e abriu os caminhos para o desenvolvimento desse esporte no âmbito escolar. Por meio dessa parceria nossa meta será atender toda as escolas da rede estadual”, comemora Cleiton.
Fonte: GOV MT