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Sargento é suspeito de ser informante do “novo braço” do CV em MT

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A Operação Dissidência tem como um dos principais “protagonistas” o terceiro sargento da Polícia Militar de Mato Grosso, Clóvis Machado, que é lotado na cidade de Marcelândia. O militar chegou alvo da primeira fase da operação, em agosto de 2022, e é suspeito de manter contatos com a facção Tropa do Castelar, uma dissidência do Comando Vermelho.

A guerra entre os grupos tem causado uma onda de assassinatos na região norte do Estado e ontem uma nova fase da Operação Dissidência foi realizada. Ao todo, a Polícia Federal, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Civil e Polícia Militar, (instituições que integram a FTSP – Força Tarefa da Segurança Pública), cumpriu 12 mandados de prisão. 

As investigações apontaram que o policial militar seria informante dos criminosos Maria Magnólia Leite e Matheus Bruno de Lima, integrantes da Tropa do Castelar. Clóvis usou do cargo público para ter informações privilegiadas e repassar aos comparsas, “delatando” inclusive colegas de farda.

O Ministério Público chegou a pedir o afastamento do militar. No entanto, a juíza da 7ª Vara Criminal, Ana Cristina da Silva Mendes, remetu o pedido para ser analisado pela 11ª Militar de Cuiabá.

Matheus é um dos fundadores da Tropa do Castelar e liderança da nova facção. Ele e Maria Magnólia eram os responsáveis pelo comércio de drogas na região e pela delegação de funções entre os membros.

Além dos três, foram presos Auzelia Fabiano de Oliveira, Ariane Rodrigues Schmidt, Juvenilson dos Santos Martins, Cariny Alves Monteiro, Giseli Ieda Benitez de Farias e Luís Marcos Rodrigues. Três alvos já estavam presos e sofreram novos mandatos: Lucas Emanuel Ferreira Trindade “Maligna”, Eduardo Pereira Cabral e Wesley Silva Sousa “Cabeça de Porco”.

Juvenilson, também preso na operação, é conhecido como “Mister Tripa”. Ele é jornalista e atua na cidade de Peixoto de Azevedo.

As investigações apontaram que ele era informante da facção Tropa do Castelar. Em vídeo, o jornalista negou fazer parte da facção e que isso seria uma retaliação por ser um repórter investigativo.

Ele alegou que está sendo perseguido por estar investigando vereadores da cidade de Peixoto de Azevedo, principalmente a presidente da Câmara de Vereadores, Rosângela de Matos Dias. “Quem é jornalista investigativo sabe bem o que é perseguição política. Isso é uma prisão política! Eu não tenho envolvimento nenhum com crime organizado, não tenho contato com faccionado. Eu tive contato com um ex-faccionado que tinha intenção de fazer uma delação de entregar uma pessoa que eu estava investigando”, disse.

PRESOS

AUZELIA FABIANO DE OLIVEIRA, vulgo “MACUMBEIRA”

KETUNY MAYANE DE CASTRO FERREIRA

GISELI IEDA BENITEZ DE FARIAS

BRENDHA CAMPOS NATALE

ARIANE RODRIGUES SCHMIDT, vulgo “CORUJA”

EDUARDO SILVA SANTOS, vulgo “CEARÁ”

EDUARDO PEREIRA CABRAL, vulgo “CABRAL”

JUVENILSON DOS SANTOS MARTINS, vulgo “TRIPA”

LUCCAS EMANUEL FERREIRA TRINDADE, vulgo “MALIGNA”

CARINY ALVES MONTEIRO

LUÍS MARCOS RODRIGUES

WESLEY SILVA SOUZA

Fonte: Folha Max

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