A Justiça converteu a prisão em flagrante de José Edson Santana, de 32 anos, em preventiva neste domingo (5), apos ele confessar que matou asfixiado o garotinho Davi Heitor Prates, de 5 anos, filho de sua ex-esposa, e jogou o corpo dentro de um rio em Colíder (650 km de Cuiabá). Na decisão, a juíza Giselda Regina Sobreira de Oliveira Andrade afirma que José usou da confiança que a criança tinha nele e da mãe, de “forma dissimulada, até em prestar solidariedade e apoio” à mãe da vítima enquanto buscava por notícias do filho.
As sandálias do garoto foram encontradas próximo ao rio onde ele revelou ter praticado o crime brutal, mas o corpo da criança ainda não foi localizado. O criminoso foi autuado em flagrante pelos crime de homicídio qualificado (meio cruel) e ocultação de cadáver. Na audiência de custódia, a magistrada ressaltou que a prisão do assassino confesso se mostra necessária como garantia da ordem pública.
” Sendo imperioso ainda ressaltar a gravidade em concreto do crime doloso perpetrado contra a vida de uma criança de apenas 05 anos de idade, utilizando-se da confiança que a criança nutria por sua pessoa, bem como pelo fato de após o “desaparecimento” noticiado da vítima, de forma dissimulada, prestar “solidariedade e apoio” a mãe da vítima enquanto buscava por notícias do filho. Desta feita, extrai-se dos autos a periculosidade acima do normal da conduta do custodiado, não constituindo, de nenhum modo, constrangimento ilegal a segregação cautelar”, acrescenta a magistrada.
O CASO
Durante a investigação, a Polícia Civil descobriu no dia do desaparecimento de Davi, o suspeito andando com uma motocicleta Honda CG 1999, verde que pegou sem o conhecimento do dono, passou na frente da casa onde o menino morava e acenou para a vítima e parou para conversar com ela. Depois disso, colocou a criança na garupa com a intenção de levá-la para almoçar em um restaurante chamado Kaskatas.
No entanto, durante o trajeto, o suspeito disse ter resolvido levá-lo sentido à rodovia MT-320 entre Colíder e Nova Canaã do Norte. Quando chegou em uma ponte perto da Comunidade Zé Reis, desceu a criança da motocicleta dizendo-que iriam pescar, momento em que foram para debaixo da ponte, e lá ele asfixiou com suas mãos a criança, que chegou a se debater por 4 ou 5 minutos, e após desmaiar, amarrou a perna de Davi a uma pedra com uma corda, e em seguida o atirou no rio.
No decorrer deste domingo, equipes da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros fizeram buscas pelo corpo do garoto, mas sem êxito. Nesta manhã de segunda-feira as buscas foram retomadas.
Fonte: Folha Max