A Polícia Federal (PF) apreendeu três veículos, um barco, uma série de itens, além de ouro e mercúrio, durante a deflagração da Operação Peixe Grande, nesta terça-feira (28). Foram cumpridos 11 mandados de prisão e busca e apreensão, na ação que investiga a comercialização de ouro extraído ilegalmente da Terra Indígena Sararé, em Pontes e Lacerda (448 km de Cuiabá).
De acordo com a Polícia Federal (PF), as ordens judiciais foram cumpridas em Pontes e Lacerda e Confresa, em Mato Grosso, e em São José do Rio Preto, em São Paulo. Ainda segundo a PF, um advogado, além de proprietários ou sócios de empresas dedicadas à comercialização de metais preciosos foram alvos da operação.
Foram apreendidos três veículos, sendo dois carros e uma moto, um motor estacionário, uma motosserra, um barco, um motor de popa, duas britadeiras de concreto, telefones celulares, além de joias, um quilo de mercúrio e 334 gramas de ouro. O grupo criminoso é comandando por uma família de Rondônia, que se deslocava ao Mato Grosso para extrair ouro ilegal da terra indígena. Segundo a polícia, eles têm uma empresa de fachada que presta serviços de terraplanagem.
Duas pessoas foram presas durante a deflagração da Operação Peixe Grande. Uma delas é advogado preso na ação é Joan Neto Barbosa Filho, de 31 anos, apontado como líder do esquema de exploração ilegal de ouro. Ele não atuava no direito, mas sim intermediando a compra do ouro extraído de forma ilegal pelos garimpeiros da região da Terra Indígena Sararé, repassando a mercadoria para comerciantes de joias.
A ação tem o objetivo de desintegrar a organização criminosa e encerrar as atividades ilegais financiadas pela extração ilegal de ouro, assim como acabar com a degradação ambiental e os danos sociais e humanitários causados à populações da região. As investigações começaram durante a Operação “Rainha de Sararé”, em 2022.
Segundo a análise dos dados financeiros, em menos de três anos, foram identificadas mais de 47 milhões em movimentações suspeitas. Em 2022, a PF deflagrou a Operação “Rainha de Sararé”, para cumprir mandados de busca e apreensão contra associação criminosa responsável por comandar a extração ilegal de ouro da Terra Indígena Sararé.
Fonte: Folha Max