Após ser preso pela Polícia Federal na manhã desta terça-feira (28) no condomínio de luxo Upper Parque das Águas, em Cuiabá, o DJ e influencer Patrick Noro de Castro foi solto por um habeas corpus acatado pelo desembargador André Nekatschalow, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Ele estava foragido desde a Operação Hermes, deflagrada pela PF, no dia 1º de dezembro de 2022, há cerca de três meses.
No entanto, ainda na segunda-feira (27), o Tribunal Regional Federal da Terceira Região (TRF-3) determinou a soltura de outros quatro, sendo eles Arnoldo Silva Veggi, conhecido como “Dodô Veggi”, a decisão beneficiou Ali Veggi Atala, que estava foragido, Alberto Veggi e Edgar dos Santos envolvidos na operação. Noro pediu extensão da decisão e acabou sendo beneficiado.
Moro não chegou a ficar cinco horas preso na Polinter, onde foi levado por policiais civis da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). Como havia conseguido o HC ontem, ele acabou sendo liverado.
O advogado do DJ, Rodrigo Pouso Miranda, argumentou oito motivos para que o investigado fosse solto com os demais réus. Dentre os fundamentos, estavam de que Patrick Noro “não tinha qualquer conhecimento de questões administrativas das empresas envolvidas, pois apenas exercia seu papel de funcionário na empresa J S Torres”.
Em 2022, ele foi alvo da Operação Hermes, que visava combater um esquema de contrabando de mercúrio no País. Em 2019, o influenciador chegou a ser preso operação da Polícia Civil de Mato Grosso por tráfico de drogas sintéticas.
Para substituir a prisão preventiva do investigado, o magistrado aplicou medidas cautelares. Ele terá que “comprobar em 30 dias do local em que poderá ser encontrado para intimação; o comparecimento a todos os atos do processo, o recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga se tiver residência e trabalhos fixos, a proibição de mudar de endereço sem informar a Justiça Federal, bem como ausentar-se de seu respectivo domicílio”. Noro também está proibido de deixar o Brasil sem prévia e expressa autorização judicial.
OPERAÇÃO HERMES
A Operação Hermes, deflagrada em dezembro de 2022, investiga um grupo que teria, supostamente, cometido crimes relacionados ao contrabando e à venda ilegal de mercúrio, uso de documento falso, falsidade ideológica e organização criminosa. Entre os suspeitos, estavam cinco integrantes da família Veggi, considerada pelo órgão ministerial como pilar do esquema.
Fonte: Folha Max