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Juíza cita repercussão nacional; mantém prisão de assassino e o transfere

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A juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, da Primeira Vara Criminal de Sinop (503 km de Cuiabá), converteu em preventiva a prisão de Edgar Ricardo de Oliveira, de 30 anos, e determinou seu recambiamento para a Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. A decisão foi tomada na tarde desta quinta-feira (23) durante audiência de custódia do criminoso que assassinou a sangue frio, juntamente com um comparsa, sete pessoas em um bar na cidade na última terça-feira (21).   

A magistrada levou em consideração a repercussão nacional do caso bem como a necessidade de resguardar a integridade física de Edgar, que se entregou à Polícia Judiciaria Civil (PJC) na manhã desta quinta-feira. 

“Considerando a repercussão nacional do fato, bem como a necessidade de resguardar a segurança e integridade física do autuado, determino a escolta e remoção do autuado para a Penitenciária Central do Estado, Ala 8, em Cuiabá, atentando-se para o fato de que se trata de prisão temporária, devendo ser realizadas as comunicações necessárias às autoridades competentes”, diz trecho da decisão.  

Na última terça-feira, Edgar Ricardo e Ezequias Souza foram filmados assassinando a sangue frio sete pessoas, entre elas uma adolescente de 12 anos, no estabelecimento Bruno Snooker Bar. Cerca de 24 horas depois do crime, após uma força tarefa montada pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), Ezequias foi morto por agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Edgar, por sua vez, decidiu se entregar à polícia. 

Em depoimento ao delegado Bráulio Junqueira, que comanda as investigações do crime, o assassino confesso afirmou que não queria matar a adolescente Larissa Frazão e depois se manteve calado por orientação do advogado Marcos Vinicius. 

Ainda e acordo com Junqueira, Edgar participava de um jogo de sinuca contra Getúlio, uma das vítimas da chacina, e perdeu cerca de R$ 4 mil pela manhã. No período da tarde, ele voltou na companhia de Ezequiel e desafiou Getúlio novamente. Eles jogaram mais algumas partidas e também perderam.

Segundo o delegado, o assassino ficou revoltado e, em seguida, deu um sinal para Ezequias, que rendeu todas as pessoas, enquanto o comparsa pegava uma espingarda no carro. “O primeiro a disparar foi o Ezequias, que deu um tiro no Bruno, dono do bar, e depois um tiro pelas costas do Getúlio, que caiu, e recebeu mais dois tiros na cabeça. Enquanto isso, Edgar disparava de 12”, explicou.

Bráulio afirmou que nove pessoas foram rendidas e apenas duas delas sobreviveram. Conforme relato de testemunhas à polícia, o clima no local era tranquilo e não houve discussão ou qualquer outra desavença no bar antes do crime.

Fonte: Folha Max

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