O delegado da Polícia Civil, João Antônio Batista Ribeiro, disse em entrevista nesta terça-feira (21), que os dois presos pela morte do assessor parlamentar, Wanderley Leandro Nascimento, de 36 anos, confessaram ter asfixiado a vítima até a morte. Os presos são Richard Estaques Aguiar Silva Conceição e Murilo Henrique Araújo de Souza, de 18 anos.
Conforme o delegado, ambos mantinham uma relação homoafetiva com a vítima e a causa do homicídio seria ciúmes, pois a o servidor da Assembleia Legislativa, que estava lotado no gabinete do deputado estadual Wilson Santos (PSD), queria se relacionar sexualmente com o irmão de um deles.
“Segundo as informações coletadas, os dois indivíduos já vinha mantendo uma certa relação emocional com a vítima, eles não quiseram ou não souberam explicar com mais detalhes, mas segundo eles a vítima teria feito uma proposta de manter uma forma relação sexual com o irmão deles. Dito isso, supostamente, causou uma comoção nos dois que causou esse ato”, disse o delegado João Batista em entrevista à imprensa.
Wanderley era morador do Bairro São João Del Rey, em Cuiabá, e sumiu na última quinta-feira (16). Familiares informaram que ele saiu de casa acompanhado de Richard. Os dois envolvidos no homicidio foram presos em cidades diferentes, no interior do Estado enquanto tentavam fugir. Ambos confessaram o crime. Inclusive, foi Murilo Henrique que informou onde o corpo de Wanderley tinha sido desovado, no Cinturão Verde, em Cuiabá, região do bairro Pedra 90.
O irmão Wanderley, afirmou em entrevista a TV Comunidade, do SBT Cuiabá, que já havia visto Richard Aguiar em uma reunião religiosa conhecida como “célula” promovida na casa da vítima. Edilson Carlos disse que o irmão comprava cachorro quente e lanches e oferecia para os visitantes todas as quinta-feiras.
Wanderley já havia denunciado Richard por roubo de carro. Na época, a vítima estava numa festa no bairro Tijucal e quando acordou seu carro não estava mais lá. Ele procurou a polícia e fez a denúncia, o que culminou na apreensão de Murilo, à época com 17 anos, e na prisão de Richard. Contudo, a vítima mudou sua versão dos fatos e disse se tratar de um empréstimo do carro.
Ainda segundo o irmão, Wanderley Leandro era uma pessoa honesta e influente pela região onde morava. A família pede justiça e que os criminosos paguem por ter feitos isso com o servidor.
Os suspeitos também foram apontados como os pichadores de um outdoors da segurança pública na região do Tijucal. Na ocasião, as siglas da facção criminosa Comando Vermelho foram pintadas nos informes publicitários sobre as forças de segurança.
Fonte: Folha Max