Um empresário foi baleado no pé em uma casa noturna, na Orla do Porto, em Cuiabá, durante o último fim de semana. Em reportagem exibida nesta quinta-feira (26) na TV Vila Real, a vítima conta que foi alvejada durante desentendimento com o segurança do local, que é policial militar.
De acordo com o empresário, a discussão se deu pelo fato de ele não querer colocar uma pulseira que permitisse o acesso ao estabelecimento de forma livre. “Como a fita era pra eu entrar e sair e eu não tinha mais interesse em voltar eu não coloquei a fitinha e falei pra ele [segurança] isso e ele não gostou e ficou com a cara feia para mim”, explicou a vítima.
Por volta das 3h da manhã, o empresário e sua esposa decidiram ir embora e, ao escorar em um muro, o homem foi indagado pelo militar sobre qual seria o motivo de estar olhando para ele. Ele disse ter respondido que não estava encarando o segurança, que por sua vez saiu do estabelecimento, sacou a arma e atirou no pé do homem no meio da Orla do Porto.
Ainda de acordo com a versão apresentada pelo empresário, em nenhum momento ele provocou o segurança da boate e nem ameaçou agredi-lo. “Pra mim ele é um policial despreparado e acho que ele tem algum problema psicológico, sinceramente para fazer uma coisa dessas no meio de um monte de gente. O bar não devia colocar uma pessoa que não tem preparo psicológico para trabalhar em um local que vai várias pessoas”, desabafou.
A vítima reclama ainda que o gerente do local também não prestou os devidos atendimentos, nem mesmo acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Ele ligou para o socorro e para equipes da Polícia Militar, mas ninguém foi até o local. Por conta própria ele e a sua mulher buscaram atendimento no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde passou por uma cirurgia para retirar a bala, que ficou alojada em seu pé.
A esposa da vítima disse que o casal irá levar o caso para a Justiça. A Corregedoria da Polícia Militar abriu um procedimento para apurar a conduta do policial. Câmeras de monitoramento do estabelecimento irão auxiliar as investigações da Polícia Civil.
Fonte: Folha Max
