O assessor do senador da República, Jorge Kajuru (PODEMOS-GO), identificado como Cláudio Geraldo Boechat Magalhães, foi preso pela Polícia Federal neste domingo (18), no aeroporto internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, após ser expulso de um avião por ter assediado uma passageira do voo, que seguiria para Brasília. Na ocasião, o suspeito apresentou um documento falso aos policiais e recebeu voz de prisão.
Segundo a Polícia Federal, o assessor apresentou a CNH de seu primo, por meio da colagem feita com uma foto sua 3×4, caracterizando-se crime de falsidade ideológica. Em razão da pena máxima prevista, a autoridade policial deixou de arbitrar fiança e remeteu os autos à autoridade judiciária.
O episódio ocorreu por volta de 17 horas, ocasião em que a vítima e o acusado foram encaminhados para a sede da PF, em Cuiabá, para a confecção do boletim de ocorrências. O homem foi levado para o Centro de Custódia da Capital (CCC) onde passou a noite, mas teve a liberdade concedida pela juíza federal plantonista, Carina Michelon, nesta segunda-feira (19).
A Defensoria Pública da União (DPU) já havia ingressado com um pedido de liberdade provisória alegando que o assessor não gerava risco em liberdade. “No caso em tela, deve-se considerar que a liberdade do conduzido não representa qualquer risco à aplicação da lei penal ou mesmo à conveniência da instrução criminal”, disse a defesa.
“Como é sabido, a decretação da prisão preventiva por conveniência da instrução criminal é cabível nas situações em que o indiciado/acusado venha a interferir nas investigações, na coleta de fontes de provas, etc., atrapalhando o regular andamento da persecução penal. Notadamente, não é este o caso dos autos. Não há qualquer risco de comprometimento da instrução, não se justificando a decretação da prisão preventiva, sob esse aspecto”, alegou.
Fonte: Folha Max