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Advogado pede exame toxicológico e suspensão de arma de delegado em MT

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O advogado Rodrigo Pouso pediu, de forma oficial, o afastamento do delegado Bruno França Ferreira, que na última semana, invadiu uma residência, sem mandado, para prender uma mulher com quem tem um desentendimento por conta dos filhos. O requerimento foi apresentado junto à Corregedoria da Polícia Judiciária Civil, onde ele pede que sejam tomadas providências em relação ao caso.

O afastamento do delegado, no entanto, já havia sido determinado na última quinta-feira (1), quando a Corregedoria determinou que ele deve ficar por 60 dias longe do cargo, podendo o período ser prorrogado por mais 60 dias. O policial teria ainda afirmado que pediu licença não remunerada, o que, no entanto, não foi confirmado pela instituição.

Além do pedido de afastamento, o advogado pediu que a Polícia Civil retire o porte de arma do delegado, que está em estágio probatório, alegando que as posturas do policial demonstram desequilíbrio emocional para fazer uso de armas. O jurista também pediu que Bruno França Ferreira passe por exames toxicológicos.

Imagens de câmeras de monitoramento flagraram o delegado em um suposto ato de abuso de autoridade, com uso de outros policiais, quando invadiu, armado, a casa de uma empresária intimidando toda a família da vítima. As imagens revelaram como o profissional, acompanhado de mais três policiais do Grupo de Operações Especiais (GOE), realizou o procedimento.

Aos gritos, com arma em punho, ele xinga a moradora, exige que ela se deite no chão dentro da própria casa e ameaça “explodir” a cabeça dela. O delegado não tinha um mandado de prisão ou de busca e apreensão, e arrombou a porta da residência, na noite da última segunda-feira – período em que é incomum ações policiais desta natureza.

O delegado invadiu a casa da empresária alegando estar cumprindo uma prisão em flagrante em razão de um suposto descumprimento de uma medida protetiva que seu enteado, um adolescente de 13 anos, possui contra a moradora.  Na delegacia, ele também xingou o advogado que atendia a mulher.

Em nota publicada nesta quinta-feira, o Delegado Bruno informou que pediu uma licença não remunerada de suas funções, e critica a postura da vítima, que estaria expondo o caso publicamente, mesmo envolvendo menores de idade. Ele acusa a moradora de perseguir seu enteado. A Corregedoria-Geral da PJC informou que não recebeu nenhum pedido de afastamento.

Fonte: Folha Max

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