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Criança de 4 anos tem lesão emocional por ação de delegado: “o homem vai entrar?”

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Em entrevista ao programa Balanço Geral, da TV Vila Real, nesta quarta-feira (30) o advogado Rodrigo Pouso, que faz a defesa Fabíola Cássia Garcia Nunes, empresária que teve a residência invadida pelo delegado da Polícia Civil de Mato Grosso, Bruno França Ferreira na segunda-feira (28), revelou que a filha da cliente está totalmente abalada após presenciar a violência sofrida. Pouso disse que a ação violenta ocasionou um trauma na criança.

Segundo ele, a menina de quatro anos precisará de atendimento psicológico. “Abalou a criança. Ela agora não fica sozinha, chora e pergunta: papai, o homem vai entrar? Esse abalo psicológico dela a gente precisa tratar. É uma lesão emocional”, frisou.

A menina presenciou todo o episódio da invasão. Nas imagens da câmeras de segurança que filmaram o momento em que o delegado esmurra a porta da casa, localizada no Florais dos Lagos, é possível ouvir o choro e os gritos da criança, que está assustada.

Para o advogado, a conduta do delegado fugiu de qualquer norma que se aprende na Polícia Civil e que isso deve ser investigado profundamente. Além disso, ele pedirá seu afastamento da PJC.

Segundo o defensor, a empresária estava em pós-operatório e a forma como Bruno França entrou na casa, com arma em punho e de maneira agressiva tiveram consequências no corpo dela. Em outra entrevista, Fabíola disse que devido à cirurgia tinha dificuldade para se locomover e temeu ser morta pelo investigador. 

O CASO

A confusão envolvendo o delegado Bruno França Ferreira e a família da empresária teve início há algum tempo após um desentendimento entre o filho da moradora do Florais e o enteado de Bruno, no condomínio Alphaville. As duas famílias já se enfrentam na Justiça devido a rusga gerada entre os adolescentes.

A família que teve a casa invadida alega que deixou de morar no Alphaville por sofrer ameaças. Todavia, na segunda-feira (28), foi surpreendia com a chegada do delegado por volta das 20h30 sem posse de nenhum mandado judicial.

Câmeras de segurança registraram o momento em que o delegado esmurra a porta da casa até que ela seja arrombada e armado ordena que todos da residência se deitem no chão. A vítima tenta entender o que acontecia, enquanto a filha, de quatro anos, chora e grita aos prantos assustada.

Na ocasião, o delegado alegou estar em cumprimento de uma “prisão em flagrante” em descumprimento de uma medida protetiva em favor de seu enteado, que é ainda é neto de um conselheiro do Tribunal de Contas (TCE-MT).

Fonte: Folha Max

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