A gestante Bruna Felsk, de 26 anos, alegou legítima defesa, após se apresentar à Polícia Civil na tarde de segunda-feira (24), em Terra Nova do Norte (663 km de Cuiabá). Ela era procurada por matar Genuir de Barros, de 67 anos, e Marcelo de Barros, de 37 anos, pai e irmão, respectivamente da suposta amante de seu marido, João Rodrigo Custódio, de 55 anos.
Ela foi até a residência das vítimas para tirar satisfação com a suposta amante, mas acabou entrando em uma discussão com o pai e o irmão da mulher. Bruna chegou a levar a própria mãe para ajudar nas agressões.
Informações preliminares dão conta que a suspeita relatou em depoimento que teria sido agredida por Marcelo, e inclusive chegando a cair do chão, justificando-se ao fato de ter pegado uma pistola na caminhonete do marido que chegou depois ao local, e usado para matar as vítimas com vários tiros.
Bruna não foi presa em flagrante e após prestar esclarecimentos foi liberada. O delegado José Getúlio Daniel, que está à frente das investigações do duplo homicídio, informou que ainda deve ouvir mais duas testemunhas nesta terça-feira (25). O pai de Bruna, que também se envolveu na confusão e chegou desferir “pranchadas” de facão nas nádegas da amante do genro, também já foi ouvido pelo delegado.
Entenda o crime
Bruna foi até a residência, das vítimas, no último sábado (22), para tirar satisfação com a suposta amante.
Momento depois, chegaram ao local o marido de Bruna (pivô da confusão) e o pai dela para apaziguar a discussão. No entanto, no meio da discussão, pai e irmão da vítima entraram no meio para protege-la, quando foram alvejados pela suspeita. Bruna e os pais fugiram da cena do crime em uma caminhonete S10, enquanto o marido ficou no local aguardando a chegada da Polícia Militar e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A arma usada foi uma pistola calibre 380. O idoso morreu ainda no local do crime, já Marcelo foi levado à uma unidade hospitalar, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Nas redes sociais, Bruna se apresentava como eleitora do presidente Jair Bolsonaro (PL) e sabia manusear armas “muito bem”, uma vez que teria realizado cursos de tiro.
Fonte: Folha Max