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Vizinho denuncia ter sido ameaçado por dono de garimpo em Cuiabá

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Claudio Campos de Araújo, dono do garimpo ilegal encontrado no Centro Histórico de Cuiabá na última sexta-feira (14), fo acusado de ameaçar seu vizinho, Ademar Pereira da Rocha, na manhã desta segunda-feira (17). Conforme o boletim de ocorrências, Claudio estava com uma pistola na cintura quando saiu de sua casa e antes de entrar em seu veículo, sinalizou para Ademar com o dedo que iria atirar contra ele.

Uma testemunha, José Gomes de Almeida Filho, segurança de Claudio, presenciou toda a ação, porém não quis registrar boletim de ocorrência por temer por sua vida. Ainda no documento a vítima relata que vem sendo ameaçada há muito tempo por Claudio. O caso segue sob investigação da Polícia Civil.

O CASO

Na última sexta-feira (14) uma fiscalização da Prefeitura de Cuiabá embargou uma obra que estava sendo realizada ao lado da Escadaria do Beco Alto por suspeita de garimpo ilegal. O dono do imóvel é Cláudio Campos de Araújo e contra ele pesam 33 boletins de ocorrências por diversos crimes.

As imagens divulgadas pela própria Secretaria Municpal de Ordem Pública (SMOP) impressionam pela quantidade de escavação já feita. 

Além disso, foi denunciado por moradores da região, que se sentiam incomodados com o barulho, que quem realizava os trabalhos eram moradores de rua, ou seja, uma situação de trabalho análogo à escravidão no local.

Foi constatado também, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) que a obra não teve estudo técnico de impacto ambiental.

Como justificativa, o dono do imóvel, Claudio Campos, disse “estar fazendo história” ao construir um “Centro Cultual” no espaço. Ele ainda amenizou o fato de usar a mão de obra de pessoas em situação vulnerável. “As pessoas que trabalham nesse local são pessoas que estão em albergues, inclusive cadastradas pela secretaria municipal. Nós fomos lá e oferecemos a diária pra eles. O pagamento varia, porque tem funcionário que chega e não tem a produção como outros que estão aqui, que já estão acostumados a trabalhar na diária de R$ 80 a R$ 100. Então varia de R$ 50 a R$ 100 a diária”, justificou o homem. 

A Polícia Federal foi acionada para investigar o caso.

Fonte: Folha Max

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