Estima-se que mais de 60% dos professores já tiveram problemas com a voz e a fonoaudióloga da Hapvida dá algumas dicas para evitar as disfunções vocais
Garganta seca, rouquidão, pigarro, falta de ar ao falar, cansaço são alguns dos sinais de que a voz está com problemas. Os professores estão na lista dos profissionais que usam a voz como instrumento de trabalho e estão em um grupo de profissionais mais vulneráveis a apresentar disfunção vocais. Isto porque o ambiente em sala de aula é desgastante, onde o profissional precisa competir com o barulho dos alunos, do pátio, das ruas e, apesar do avanço tecnológico, ainda existem salas em que o é usado giz, o que agrava os sintomas, devido ao pó levantado pelo produto.
Uma pesquisa feita pelo Sindicato dos Professores de São Paulo e pelo Centro de Estudos da Voz demonstrou que 63% dos professores já tiveram problemas com a voz. A professora aposentada Fernanda Queiroga conta que uma das suas grandes preocupações foi em um dia perder a voz, por isso, acabou procurando profissionais especializados para evitar problemas futuros.
“Sempre encarei a minha voz como o meu principal instrumento de trabalho, sem ela seria impossível, pelo menos para mim, dar aulas, sempre cuidei bem da minha voz, até os dias de hoje, que não estou mais na sala de aula”, disse.
Neste dia dos professores, a fonoaudióloga do sistema Hapvida, Jéssica Negreiros, explica que todo o tipo de cuidado é importante, para que a voz, principal instrumento de trabalho de quem está dentro da sala de aula, não seja prejudicada, e aproveita para dar algumas dicas.
Uma delas é sobre a necessidade de hidratação, para manter o bom funcionamento das chamadas cordas vocais, pois a voz é emitida a partir da vibração deste músculo, que é uma estrutura que fica na laringe.
“Procure beber aproximadamente dois litros e meio de água por dia para manter uma hidratação dos tecidos e um bom funcionamento das pregas vocais”, lembra a especialista.
Ela também enumera como fundamental para manter uma boa voz, a realização de atividades físicas regularmente, uma boa noite de sono, além de uma alimentação saudável.
“Evite alimentos gordurosos, apimentados, frituras. Isto porque esses alimentos podem causar refluxo, o que pode gerar uma inflamação nos tecidos da nossa laringe”, completou.
A fonoaudióloga também lembra que o cigarro e a bebida alcoólica prejudicam a voz. Outro detalhe é que em salas de aula onde há microfone, é importante usar o recurso como forma de preservar a voz.
“É bom também evitar ingerir leites ou derivados antes do uso da voz, para evitar ficar com pigarrinho ou tosse durante o uso da voz, e caso você tenha dúvidas ou perceba algum desconforto vocal por mais de 15 dias procure um fonoaudiólogo para avaliação”, finalizou.