Um homem de 38 anos foi morto a tiros na cidade Campinápolis (a 658 km de Cuiabá) na madrugada deste domingo (16). A vítima é Erli Alves de Araújo mais conhecido como Erlizinho.
Um empresário de 48 anos, dono de uma casa de carne, é apontado como autor do assassinato. O motivo do crime seria uma discussão política sobre a disputa presidenciável entre Jair Bolsonaro (PL) que disputa a reeleição e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tenta voltar à Presidência.
Dentre as diferentes versões apresentas para o crime e que serão investigadas pela Polícia Civil, consta que após a discussão o empresário teria sacado uma arma e atirado contra a vítima.
A possibilidade de o crime estar ligado a divergências políticas foi divulgada pelo site “Alo Xavantina”, com base em informações repassadas por uma sobrinha de Erli. A mulher se identiicou como Wanessa Alves da Silva e relatou ao site local que outras versões para o crime também foram aventadas, sendo que uma delas seria por causa de som alto, tese que ela descartou.
Ela afirmou que o tio não estava de carro na hora do crime, pois o veiculo dele não estava rodando, necessitando receber reparos em oficina. Segundo as informações da Polícia Militar, a equipe foi acionada para atender a ocorrência de que havia um homem baleado em frente a uma casa de carne.
Ao chegar no local, foi constatado que a vítima estava ferida, caída no chão e ainda com vida. De acordo com as testemunhas, o homem que atirou seria defensor do Bolsonaro e após discussão atirou em Erlizinho, defensor do Lula.
A esposa e o filho do atirador teria entrado no meio da confusão para apartar a briga, mas a esposa foi atingida no braço. A Polícia Militar foi acionada e prendeu o autor dos disparos em flagrante.
A esposa foi medicada e não corre risco de morte. Erli morreu momentos depois no local.
As equipes da Polícia Civil a da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) estiveram no local para colher provas e investigar a real motivação do assassinato, pois a uma outra pessoa, por nome Wanessa Alves da Silva se identificou como sobrinha da vítima e afirmou que a família tem dúvidas se realmente o desentendimento político e outras versões já surgiram.
OUTROS CASOS
Além do caso da cidade de Campinápolis, em Mato Grosso, outros dois momentos de violência política foram registrados na campanha deste ano. A Polícia Civil investiga a tentativa de assassinato ocorrida em Sinop (a 500 km de Cuiabá) e um assassinato ocorrido em Confresa (a 1.160 km de Cuiabá) que tiveram a motivação política este mês.
Em Sinop, um homem de 33 anos no último dia (03) esfaqueou o outro logo depois do resultado das eleições presidenciais. A vítima foi encaminhada para a unidade de saúde e segue em recuperação.
O crime ocorreu em uma quitinete onde os dois moravam e dividiam o aluguel. Vizinhos ouviram os gritos de socorro. A polícia foi chamada e, quando os policiais chegaram no local, Saraiva estava caído no chão, com ferimentos graves, principalmente no peito.
Em Confresa, um apoiador do presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente após confessar ter matado um apoiador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com golpes de faca e machado na cidade de Confresa, no estado de Mato Grosso, depois de uma discussão política. A vítima Benedito Cardoso dos Santos, de 42 anos, e o suspeito é um homem de 24 anos, identificado como Rafael Silva de Oliveira. O homem foi preso em flagrante.
Fonte: Folha Max