Justiça negou comparecimento presencial de Jackson de Souza Lopes, suspeito de participar do assassinato do ex-jogador de futebol Ronny Benedito de Lima, na oitiva presencial do caso. O pedido foi apreciado pela juíza da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, Mônica Catarina Perri, após requerimento da defesa. Decisão da magistrada foi divulgada nesta segunda-feira (26).
Conforme divulgado pela reportagem, Jackson, Wilson Remerson Xavier e Vitor Hugo Fontes são suspeitos de terem assassinado o ex-jogador, supostamente a mando da facção criminosa Comando Vermelho. Após o crime, ocorrido em junho de 2019, os suspeitos foram presos. Decisão do último dia 6 determinou que Jackson participaria da oitiva de forma virtual da penitenciária na qual está detido.
Para isso, a magistrada destacou artigo do Código Penal que libera a realização de videoconferência para situações nas quais o suspeito pode vir a representar risco, sobretudo quanto à possibilidade de fuga durante o deslocamento. “Este é o caso dos autos, visto que os acusados supostamente são integrantes da organização criminosa denominada ‘Comando Vermelho’, de notória periculosidade”, alegou a magistrada.
Contudo, a defesa do réu acionou a Justiça requerendo participação presencial, alegando que a penitenciária na qual o preso está detido não teria um bom sinal de internet para realização do depoimento virtual. Ao avaliar as alegações da defesa, porém, a juíza apontou que outros casos já foram julgados por videoconferência do presídio em questão e não sofreram nenhum tipo de intercorrência.
“Isto posto, mantenho a decisão reportada e a colheita do interrogatório, por videoconferência. No que tange às testemunhas, não há óbice para que sejam inquiridas de forma presencial, como inclusive vem ocorrendo no plenário do júri desta capital”, afirmou.
Dessa forma, ficou mantida para o dia 17 de novembro às 9h, por meio de videoconferência e também presencialmente no Plenário do Tribunal do júri.
Fonte: Folha Max
