Acolher. É apoiada neste verbo que a equipe do Centro Especializado de Atendimento às Vítimas de Crimes e Atos Infracionais, instalado no Fórum da Capital, tem feito a diferença para muitas pessoas quando precisam passar por audiências nas mais variadas varas da unidade judicial. A proposta é garantir que mulheres, crianças e homens, independente da idade, vítimas de crimes de qualquer natureza, sejam tratadas com respeito, igualdade e dignidade.
O público do Centro de Atendimento é constituído, na maioria das vezes, por pessoas que enfrentaram algum tipo de delito, como traumas físicos e/ou psicológicos, e preferem não ter proximidade com os agressores ou com situações que lhes causem mais constrangimentos, ou tristeza e medo.
Assim, a missão diária dos profissionais – servidores, psicólogos, assistentes sociais e estagiários é a de receber as vítimas e familiares com o propósito de amenizar a inevitável tensão do momento. E para realizar esse acolhimento, que busca tranquilizar o sofrimento emocional dessas pessoas, a equipe foi capacitada pela Escola Superior da Magistratura de Mato Grosso (Esmagis-MT).
Rafael Busotto e Rita Avelino da Silva é uma das duplas que faz atendimento no Centro. Ele é psicólogo, formado há nove anos, e ela assistente social com 13 anos de experiência. Os dois, além de elogios à capacitação da Esmagis-MT, apontaram a satisfação em estarem fazendo parte do projeto e dizem que o resultado do trabalho tem surpreendido, justamente porque as pessoas têm saído do Centro Especializado para as audiências na varas sossegadas, calmas.
Busotto acentuou que o atendimento com as vítimas é com a utilização de técnicas da psicoterapia breve para que as pessoas consigam enfrentar a situação com equilíbrio emocional. “Estamos preparados para abordar essas vítimas e passar serenidade, porque, mesmo longe dos agressores, e sem a possibilidade de ter um encontro entre eles aqui, no Fórum, ficam intranquilas e muitas desesperadas”, diz o psicólogo.
“E é com o nosso aconchego, com o nosso olhar humanizado, que procuramos auxiliar as vítimas a restabelecerem a paz interior”, frisou a assistente social, dizendo que depois de receberem essa atenção as vítimas são encaminhadas para as audiências e outros atos jurídicos necessários no processo.
O atendimento humanizado das vítimas, além dos psicólogos e assistentes sociais, também é oferecido pelos demais componentes da equipe. Todos se envolvem. Nazilda Maria Pereira Ramos, tem 30 anos de Fórum de Cuiabá, sendo que grande parte desse tempo atuou nos setores de Expedição e Protocolo, e há menos de um mês, depois de retornar das férias e passar pela preparação da Esmagis-MT, assumiu a recepção do Centro Especializado. “Estou maravilhada, renovada e, acima de tudo, gratificada com o trabalho que estamos realizando. É muito bom, é compensador auxiliar as pessoas que estão nessa situação e verificar que saem daqui refeitas e autocontroladas”, sublinhou Nazilda.
A satisfação da equipe é tamanha que até a jovem Maria Virginia Gonçalves do Nascimento, estudante de Administração e estagiária na Comarca da Capital, está contagiada. “Nossa! A gente abraça a causa e fica apaixonada, porque conseguimos sentir o próximo e temos a consciência que podemos ajudar auxiliando os profissionais”, disse a futura administradora.
Para a gestora do Centro de Atendimento, Raquel de Carvalho Vaz Curvo, o entusiasmo e preparação de toda a equipe são constantes e crescentes. “A felicidade é grande também, porque sabemos do nosso compromisso, dedicação e, principalmente, porque estamos contribuindo para a melhoria da vida dessas pessoas que são vítimas de violência”, assinalou Raquel Vaz Curvo.
Contato
Interessados podem entrar em contato com o Centro de Atendimento Especializado às Vítimas de Crimes e Atos Infracionais pelo telefone (65) 3648 6598, ou pelo e-mail cba.psicossocial@tjmt.jus.br.
Leia nos links, abaixo, matérias sobre o tema:
Álvaro Marinho
Coordenadoria de Comunicação da Presidência do TJMT
imprensa@tjmt.jus.br
Fonte: Tribunal de Justiça de MT