Criminosos alvos da Operação Miqueias II, ostentavam vida luxuosa em redes sociais e fizeram mais de 2 mil vítimas em todo o país. As investigações apontam que os criminosos teriam alugado cerca de 12 casas em Cuiabá e em Várzea Grande para servirem como escritórios do crime. Só em São Paulo, foram registradas 600 denúncias contra a associação criminosa voltada para a prática de golpes pela internet.
As ações foram deflagradas pela Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Estelionato e Outras Fraudes de Cuiabá, em apoio à Polícia Civil de São Paulo, na manhã da última quarta-feira (03). As ordens judiciais foram cumpridas na cidade de Cuiabá e Várzea Grande. No total, nove pessoas foram presas por meio das ordens judiciais. Nas casas dos criminosos, os policiais encontraram documentos falsos, cartões de crédito, dinheiro, chips de telefonia, celulares, drogas e anotações com os de diversas vítimas. Carros de luxo e motocicletas de alta cilindradas também foram apreendidas. Na internet os bandidos ostentavam bolos e maços de dinheiro que conseguiam tirar das vítimas, joias e ainda postam fotos de festas regadas a bebidas caras e ambientes luxuosos. Em um dos vídeos (veja o vídeo ao final do texto) um bandido faz chover dinheiro.
Segundo o delegado Pablo Carneiro, um dos responsáveis pela operação, os suspeitos serão indiciados por crimes como estelionato eletrônico, organização criminosa, fraude e falsidade ideológica. Somadas as penas chegam a 32 anos de prisão.
Nas investigações, foi identificado que os recebedores dos valores ilícitos estavam em Mato Grosso, sendo cumpridos mandados de busca e apreensão contra os alvos na primeira fase da operação. Na ocasião, o cumprimento das ordens judiciais resultou na oitiva de suspeitos, telefones celulares e equipamentos eletrônicos apreendidos, além de uma prisão em flagrante por tráfico de drogas.
Com as apreensões, a quadrilha foi sendo coberta, com repasse de valores escalonados, hierarquia, divisão de funções, atuando em um esquema criminoso que lesa muitas vítimas por todo o país. Diante dos levantamentos, chegou-se a novas figuras do esquema, sendo então identificados os possíveis chefes da organização criminosa, apontados como os destinatários finais dos valores angariados de forma ilícita.
Fonte: Folha Max