A Polícia Civil cumpriu na última semana, em Alta Floresta, mais quatro mandados de prisão dentro da Operação Torquemada, que apura crimes como sequestro e cárcere privado, tortura, homicídio qualificado, organização criminosa, entre outros. O caso tem relação com morte do garimpeiro Carlos Eduardo, que teve o corpo jogado no rio e também na tentativa de homicídio contra uma mulher de 23 anos.
De acordo com o delegado Thiago Marques Berger, no total, a operação prendeu 14 adultos investigados pelos crimes, além de três adolescentes apreendidos e 16 mandados de busca e apreensão cumpridos.
A Operação Torquemada foi deflagrada em 26 de maio e na data foram cumpridos 32 mandados judiciais de prisão, apreensão e de buscas contra alvos investigados.
A operação, cujo inquérito tramita em sigilo decretado judicialmente, investiga crimes de sequestro e cárcere privado, tortura, roubo majorado, homicídio qualificado consumado e tentado, porte ilegal de arma de fogo, corrupção de menores, ocultação de cadáver, organização criminosa e abandono moral.
Os crimes ocorreram em abril deste ano, quando duas vítimas foram sequestradas, torturadas e levadas à execução por supostamente serem integrantes de uma facção criminosa rival.
Na época dos crimes, A mulher que estava com o garimpeiroi Carlos Eduardo foi capturada, torturada e foi baleada com pelo menos três tiros. Ela só escapou porque fingiu que estaava morta até que os atiradores fossem embora. Depois conseguiu pedir socorro e foi para o Hospital de Alta Floresta. Após prestar depoimento à Polícia a jovem de 23 anos foi embora da cidade.
Um dos presos na semana passada tinha três mandados de prisão em aberto, sendo um pelo envolvimento na morte de Carlos Eduardo, outro por participação à morte de um garimpeiro de nome Paulo Cardoso, dentro de um quarto de hotel, além de tráfico de drogas.
A operação faz alusão ao frade espanhol Tomás de Torquemada, notório inquisidor do século 15 e conhecido pela crueldade com que perseguia as pessoas consideradas hereges. Torquemada torturava os interrogados com a intenção de que confessassem a prática de ações como bigamia, agiotagem, homossexualidade e bruxaria.
Fonte: Folha Max